34 empresas de tecnologia formularam um acordo de ação contra ciberataques
Por Ares Saturno | 17 de Abril de 2018 às 17h48
34 companhias de tecnologia, encabeçadas por Microsoft e Facebook, assinaram o Cybersecurity Tech Accord, um acordo público que visa a proteção de civis de todo o mundo em serviços online, além de ser um comprometimento em manter a estabilidade e segurança do ciberespaço.
Para isso, as 34 empresas estão se comprometendo a fornecer a mesma proteção a todos os clientes que vierem a ter danos provocados por ciberataques, independentemente de suas origens, nacionalidades, posicionamentos políticos ou motivação do ataque. De forma a manter certa impacialidade frente ao cenário político cada vez mais caótico, as empresas representam operadoras de tecnologia que potencializam a infra-estrutura mundial de comunicação e informação na Internet.
Brad Smith, presidente da Microsoft, disse: "Os ataques devastadores do ano passado demonstram que a segurança cibernética não é apenas o que uma empresa pode fazer, mas também o que todos podemos fazer juntos. Esse acordo do setor de tecnologia nos ajudará a seguir um caminho de princípios em direção a medidas mais eficazes para trabalhar juntos e defender os clientes em todo o mundo.”
As empresas tomaram decisões e assumiram compromissos em quatro diferentes segmentos:
Fortalecer Defesas
Será necessário montar uma defesa mais eficiente contra os ataques cibernéticos. Reconhecendo que todos, independetemente de suas origens ou inclinações políticas, merecem proteção, as empresas se comprometeram a criar métodos de proteção visando eqüidade.
Sem Ofensas
As empresas signatárias do acordo se comprometem a não fonecer ajuda a governos que tenham intuito de lançar ataques cibernéticos contra cidadãos ou empresas inocentes. Além disso, cabe também às empresas de tecnologia proteger seus produtos e serviços contra a exploração e adulteração, em todos os estágios de desenvolvimento, projeto e distribuição de tecnologia.
Construção de capacitação
As empresas devem se esforçar mais para criar capacitações voltadas para seus desenvolvedores e usuários de suas tecnologias, de forma a ter impacto positivo em gerar maior capacidade de seus clientes se protegerem durante o uso dos produtos e serviços. Nesse tópico, o grupo encoraja o trabalho conjunto para que as empresas encontrem novas soluções de segurança.
Ação Coletiva
Juntas, as empresas vão estabelecer parcerias e estreitar os laços entre si e com pesquisadores da indústria, da sociedade civil e de segurança visando melhorias na colaboração técnica, coordenar divulgações de eventuais vulnerabilidades encontradas, compartilhar ameaças e minimizar o potencial de introdução de códigos maliciosos no ciberespaço.
O Acordo se mantém flexível à inclusão de novos tópicos que sejam relevantes, assim como permanece aberto à consideração de novas empresas signatárias.
Kevin Simzer, diretor de operações na Trend Micro, disse: "As consequências reais das ameaças cibernéticas têm sido repetidamente comprovadas. Como uma indústria, devemos nos unir para combater os cibercriminosos e impedir que futuros ataques causem ainda mais danos".
Já Carolyn Herzog, Conselheira Geral da Arm, afirmou: "O Tech Accord ajudará a proteger a integridade de um trilhão de dispositivos conectados que esperamos ver implementados nos próximos 20 anos. Ele alinha os recursos, a experiência e o pensamento de algumas das empresas de tecnologia mais importantes do mundo para ajudar a construir uma base confiável para os usuários de tecnologia que se beneficiarão imensamente de um mundo conectado com mais segurança".
O grupo planeja realizar uma reunião durante a RSA Conference, evento com foco em cibersegurança que ocorrerá em São Francisco, nos EUA.
São signatárias do CyberTech Accord: ABB, ARM, Avast, BitDefender, BT, CA Technologies, Cisco, CloudFlare, DataStax, Dell, Docusign, Facebook, Fastly, Fireeye, F-Secure, GitHub, Guardtime, HP Inc., HPE, Intuit, Juniper Networks, LinkedIn, Microsoft, Nielsen, Nokia, Oracle, RSA, SAP, Stripe, Symantec, Telefonica, Tenable, Trend Micro e VMware.
Fonte: The New York Times, Cybertech Accord