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Variante Ômicron e reforço de vacina: eis aqui o que você precisa saber

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Dezembro de 2021 às 16h20

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Photocreo/Envato Elements
Photocreo/Envato Elements

Reforço da vacina contra a covid-19 é uma das principais alternativas, adotada por países de todo o mundo, para conter a variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2. É verdade que antes do surgimento da nova cepa a terceira dose era estimulada, mas, hoje, a aplicação extra da vacina parece ser mais necessária.

Inicialmente, os primeiros relatos da África do Sul sugeriram que a variante Ômicron causasse doenças menos graves do que outras variantes, mas ainda poderiam representar um risco para alguns grupos de pessoas, como os mais velhos ou os que têm comorbidades.

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No entanto, os dados ainda não são conclusivos. No Reino Unido, foi o confirmado o primeiro óbito do mundo em decorrência da variante. Além disso, há registros de pacientes britânicos hospitalizados por causa da infecção. No Brasil, são 19 casos oficialmente confirmados e outros sete estão em investigação, segundo o Ministério da Saúde.

Além de se espalhar pelo mundo, a Ômicron parece ter alguma capacidade de contornar a imunidade existente, seja por vacinação ou por uma infecção prévia da covid-19. Isso porque a variante carrega inúmeras mutações, princialmente na proteína S (spike) do coronavírus. Os dados preliminares sugerem que uma terceira dose pode turbinar as proteções.

O que sabemos sobre a proteção das duas doses?

Até o momento, a maioria dos estudos publicados observou que o esquema vacinal de duas doses oferece uma menor proteção contra a variante Ômicron, quando se considera os anticorpos neutralizantes. Em alguns casos, as fórmulas ainda protegem contra casos graves, por exemplo.

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Estudo de Oxford sobre duas doses

Segundo estudo da Universidade de Oxford, duas doses das vacinas da AstraZeneca ou da Pfizer induzem níveis mais baixos de anticorpos neutralizantes contra a variante Ômicron.

Divulgado no último sábado (11), o estudo — ainda não revisado por pares — avaliou amostras de sangue de indivíduos já vacinados com duas doses das vacinas. A partir do material, mediram o nível de anticorpos neutralizantes gerados em resposta à vacinação contra a Ômicron.

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Neste caso, o estudo avaliou apenas a quantidade dos anticorpos neutralizantes após a segunda dose. Para essas pessoas, a resposta da imunidade celular ainda deve fornecer alguma proteção, mesmo que menor contra a nova cepa.

Estudo da África do Sul sobre duas doses

Divulgado nesta terça-feira (14), um estudo — ainda não revisado — da África do Sul observou a queda da eficácia de duas doses da vacina da Pfizer contra a Ômicron. Na pesquisa preliminar, foram usados dados de saúde do país, onde a variante foi descoberta.

A taxa de proteção da vacina da Pfizer contra hospitalizações é de 70% para a variante Ômicron, segundo o estudo. Só que, na última onda da covid-19 no país, quando a cepa Delta (B.1.671.2) era predominante, a efetividade contra internações era calculada em 93%.

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Agora, a taxa de proteção contra qualquer tipo de gravidade da infecção — incluindo os casos assintomáticos — também foi reduzida. Essa porcentagem chegou a 33%. Anteriormente, era calculada em 80% contra a Delta.

O que sabemos sobre o reforço?

Por enquanto, os estudos sobre a eficácia dos imunizantes contra a Ômicron ainda são poucos, mas a maioria aponta para a necessidade do reforço para ampliar a capacidade de proteção contra a variante. Por sua vez, a maior parte dessas pesquisas se concentra no imunizante da Pfizer/BioNTech.

A vantagem é que, no Brasil, são usadas principalmente as fórmulas da Pfizer e da AstraZeneca como reforço contra a covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, sempre que possível, a prioridade da terceira dose deve ser o imunizante da Pfizer.

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Estudo da Pfizer

Agora, a Pfizer foi uma das primeiras farmacêuticas a concluir os estudos sobre a importância da dose de reforço, especificamente, contra a Ômicron. A conclusão, segundo os pesquisadores, é que apenas três does podem fornecer a melhor imunidade.

No estudo, foram avaliados soros coletados de pessoas que receberam o reforço (terceira dose) da Pfizer há um mês. Em laboratório, ele foi capaz de neutralizar a variante Ômicron. Os níveis de eficácia são comparáveis ​​com os observados, após duas doses, para as outras cepas do coronavírus, incluindo o coronavírus original.

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“Embora duas doses da vacina ainda possam oferecer proteção contra doenças graves causadas pela cepa Ômicron [do vírus da covid-19], é claro que, a partir desses dados preliminares, a proteção é melhorada com uma terceira dose de nossa vacina”, explicou Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.

Quem pode receber a dose extra no Brasil?

O reforço da vacina contra a covid-19 no Brasil já está disponível para todos que tenham completado o esquema vacinal (2 doses) há pelo menos 5 meses. A exceção é o estado de São Paulo, onde a dose extra pode ser aplicada com apenas 4 meses de intervalo da última dose.

Vale lembrar que as pessoas que receberam a vacina da Janssen poderão receber o reforço após dois meses da dose única. A recomendação é que o limite máximo de tempo seja de seis meses. Nesses casos, a indicação é da vacinação homóloga, ou seja, com a mesma dose.

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Quanto ao reforço, "mulheres que tomaram a Janssen previamente e, no momento atual, estão
gestantes ou puérperas, deverão utilizar como dose de reforço o Imunizante Pfizer", destaca o Ministério da Saúde, em nota.

Após receber o reforço, posso aproveitar as férias?

Após receber a dose de reforço, o organismo imunizado ainda levará alguns dias para que proteção adicional seja ativada. Em Israel, um estudo descobriu que a proteção da terceira dose começa a aparecer cerca de sete dias após a injeção e continua a aumentar por mais uma semana. A pesquisa foi publicada na revista científica New England Journal of Medicine (NEJM).

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Independente das doses de reforço, pessoas ainda podem se contaminar pela covid-19 e eventuais complicações podem ocorrer. Por isso, é necessário manter os cuidados, como uso de máscaras, higienizar as mãos com frequência e evitar aglomerações.

Fonte: Com informações: NEJM e Ministério da Saúde