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Ômicron: vacina da Pfizer oferece menor proteção para hospitalização, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Dezembro de 2021 às 18h25

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Ha4ipuri/envato
Ha4ipuri/envato

Vacina da Pfizer oferece menor proteção contra hospitalizações em decorrência da variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2, aponta estudo preliminar da África do Sul, divulgado nesta terça-feira (14). Estas são as primeiras evidências do impacto da nova variante em um levantamento de larga escala sobre a efetividade da fórmula contra a covid-19.

A taxa de proteção da vacina da Pfizer contra hospitalizações é de 70% para a variante Ômicron, segundo o estudo — que não passou por revisão de pares e nem foi publicado em revista científica. Os dados foram coletados entre os dias 15 de novembro e 7 de dezembro deste ano. Na última onda da covid-19 na África do Sul, quando a cepa Delta (B.1.671.2) era predominante, a efetividade contra internações era calculada em 93%.

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Agora, a taxa de proteção contra qualquer tipo de gravidade da infecção — incluindo os casos assintomáticos — também foi reduzida. Essa porcentagem chegou a 33%. Anteriormente, era calculada em 80% contra a Delta.

Os dados foram levantadas pela Discovery Health — a maior empresa sul-africana de saúde privada. No entanto, os próprios responsáveis pela pesquisa alertam para o fato dos dados serem preliminares, segundo a agência de notícias Reuters.

"Esses são dados iniciais e exigem um acompanhamento cuidadoso", destacou a pesquisadora Shirley Collie, da Discovery Health.

Estudo com a variante Ômicron na África do Sul

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Este estudo foi baseado em mais de 211 mil resultados positivos para a covid-19, sendo que 78 mil foram atribuídos à variante Ômicron. Para chegar a este valor, a equipe usou como base a prevalência relativa da variante no país durante o período do estudo. Em outras palavras, não foram todas as amostras que passaram por sequenciamento genômico.

Em novembro, os cientistas sul-africanos enviaram apenas 630 amostras positivas da covid-19 para sequenciamento do genoma e, em novembro, foram outros 61. No mês passado, 78% foram confirmados como a variante Ômicron e todas deste mês foram identificadas como sendo a nova variante.

Reinfecções e casos da covid em crianças

Além das taxas de efetividade para a vacina da Pfizer, o estudo observou que há um maior risco de reinfecção com a Ômicron. Inclusive, essa chance de risco é maior que a de outras cepas já estudadas no país.

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Além disso, os dados sugerem que as crianças podem apresentar um risco 20% maior de admissão hospitalar, durante a quarta onda da covid-19. No entanto, a incidência absoluta de crianças hospitalizadas ainda é muito baixa, segundo o estudo.

Vale lembrar que, na semana passada, a Pfizer anunciou, a partir de estudos em laboratório, que a terceira dose do imunizante era necessária para a proteção contra a Ômicron. No entanto, a empresa defendeu que as duas doses ainda ajudam a impedir hospitalizações.

Fonte: Reuters