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Variante Mu: OMS classifica nova cepa do coronavírus; veja o que sabemos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Setembro de 2021 às 15h52

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Fusion Medical Animation/Unsplash
Fusion Medical Animation/Unsplash

Na terça-feira (31), a Organização Mundial da Saúde anunciou a identificação de uma nova variante de interesse (VOI) do coronavírus SARS-CoV-2. A variante foi descoberta pela primeira vez na Colômbia e recebeu o nome Mu (B.1.621), inspirado no alfabeto grego. Segundo as autoridades, ela carrega uma "constelação de mutações" e foi identificada em pelo menos 39 países.

Desde que a variante Mu foi identificado pela primeira vez na Colômbia em janeiro de 2021, foram feitos “relatos esporádicos” de casos e surtos na América do Sul e na Europa, segundo a OMS. Atualmente, a cepa é predominante na Colômbia e no Equador, onde disputa espaço com a variante Delta (B.1.671.2) do coronavírus. No Brasil, a cepa chegou com a Copa América.

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Embora a prevalência global da Mu entre os casos sequenciados da COVID-19 tenha caído para menos de 0,1%, a OMS destaca que a sua prevalência “aumentou consistentemente” na Colômbia e no Equador, onde agora é responsável por cerca de 39% e 13% das infecções, respectivamente. Além disso, esses dados globais sobre variantes devem ser “interpretados com a devida consideração”, já que privilegiem o cenário epidemiológico dos países ricos, onde mais sequenciamentos genômicos são feitos.

O que a variante Mu tem de diferente?

Vale lembrar que todos os vírus sofrem mutações, mas a maioria das mutações tem pouco ou nenhum impacto no comportamento do agente infeccioso. Diante da pandemia da COVID-19, a OMS procura acompanhar as principais variantes, tanto as de preocupação global (VOC) — como a Delta — quanto as de interesse (VOI) — como a Mu.

Segundo a OMS, uma nova VOI é definida, principalmente, pelo seu genoma, caso carregue mutações já conhecidas ou suspeitas de "melhorarem" o coronavírus. Nesse sentido, uma variante será enquadrada na definição se forem relatados múltiplos casos dela em uma região ou em vários países, já que isso implica em uma maior transmissibilidade. Por ser uma definição mais abrangente, um número maior das VOIs é acompanhado pela OMS.

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Atualmente, a Mu é a quinta variante de interesse a ser monitorada pela OMS desde março. Isso porque esta variante carrega uma série de mutações que sugerem que pode ser mais resistente às vacinas, mas pesquisas ainda são necessárias para confirmar isso.

De acordo com o boletim semanal da OMS sobre a pandemia, a variante Mu “tem uma constelação de mutações que indicam propriedades potenciais de escape imunológico”. Além disso, os dados preliminares sugerem que ele pode escapar das defesas imunológicas de maneira semelhante à variante Beta (B.1.351) descoberta pela primeira vez na África do Sul.

Fonte: OMS Forbes