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Variante Delta ameaça retomada nos EUA; documento vazado aponta para desafios

Por| Editado por Luciana Zaramela | 04 de Agosto de 2021 às 12h10

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Wirestock/Freepik
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A pandemia da COVID-19 está em transformação e a variante Delta (B.1.671.2) do coronavírus SARS-CoV-2 é a responsável, segundo documento interno dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O órgão do governo norte-americano aponta para um nível maior de risco causado pelas mutações do vírus original e dificuldade no controle da doença. Atualmente, a variante descoberta primeiro na Índia é predominante entre os novos infectados no país, enquanto a adesão aos imunizantes está paralisada.

Segundo o documento do CDC vazado pelo jornal The Washington Post, a variante Delta pode ser transmitida mais facilmente, tem maior probabilidade de infectar pessoas já imunizadas e pode desencadear doenças mais graves naqueles que ainda não se imunizaram. Isso quando se compara o seu comportamento com a de outras variantes do vírus da COVID-19. 

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No documento, o CDC pontua que a variante é altamente infecciosa e defendem que o governo deve "reconhecer que a guerra mudou". Além disso, a Delta é a variante com maior probabilidade de romper a proteção imunológica fornecida pelos imunizantes, mas, quando se manifesta, origina casos leves ou assintomáticos na maioria das vezes. As novas descobertas se basearam em dados obtidos em um surto no estado de Massachusetts. 

Variante Delta é tão infecciosa quanto catapora

Segundo o documento, a variante Delta é mais transmissível do que outros vírus da família dos coronavírus, como o MERS e SARS. É também mais infecciosa que a gripe comum (influenza) e tão contagiosa quanto a catapora (varicela).

Além disso, os CDC observaram que a infecção causada pela variante Delta desencadeia uma maior concentração de coronavírus nas vias áreas do que as outras. Quando se compara essa concentração com a causada pela variante Alfa (B.1.1.7), ela é 10 vezes maior.

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Pessoas vacinadas também transmitem a COVID-19

No documento, é observado que as vacinas autorizadas no país previnem mais de 90% dos casos graves. No entanto, as descobertas do CDC apontam que infecções da variante Delta em pessoas imunizadas podem produzir cargas virais semelhantes àquelas que não foram vacinadas e estão infectadas pela mesma variante. Em outras palavras, tanto os imunizados quanto os não imunizados podem transmitir a COVID-19, o que impacta as políticas públicas do país.  

Até então, o governo norte-americano não admitia essa possibilidade de pessoas vacinas transmitirem a COVID-19, mesmo que este seja um entendimento comum sobre o comportamento de vacinas. Isso porque, na maioria dos casos, vacinas não impedem a doença, e sim as complicações. Agora, outras medidas começam a ser tomadas, como a volta do uso de máscaras em ambientes internos para todos, independente do status de vacinação. 

Na última quinta-feira (29), o presidente do país, Joe Biden, alertou para o aumento do número de casos da COVID-19 como uma "pandemia de não vacinados". Na ocasião, afirmou que cerca de 90 milhões de pessoas são elegíveis para receber a vacina, mas ainda não foram imunizadas. No país, apenas 49,3% da população está totalmente imunizada, segundo dados da plataforma Our World in Data.

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Fonte: The Washington Post