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Variante Delta é comparada a catapora e pode se espalhar "como um incêndio"

Por| Editado por Luciana Zaramela | 02 de Agosto de 2021 às 15h30

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IciakPhotos/Envato Elements
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Descoberta pela primeira vez na Índia, a variante Delta (B.1.671.2) do coronavírus SARS-CoV-2 já é predominante nos Estados Unidos e é responsável por uma nova de surtos da COVID-19 no país. Segundo especialistas entrevistados pela agência Reuters, a versão mais recente do coronavírus está deixando as pessoas mais doentes do que antes, principalmente as que não foram vacinadas.

Na semana passada, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) alertou que a variante Delta é "provavelmente mais grave" do que as cepas anteriores do coronavírus. Para fundamentar a afirmação, a agência norte-americana citou pesquisas desenvolvidas no Canadá, Cingapura e Escócia. Nestes estudos, foi possível observar que as pessoas infectadas apresentavam maior probabilidade de serem hospitalizadas do que os pacientes no início da pandemia da COVID-19.

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Segundo o virologista do La Jolla Institute for Immunology (LJI), Shane Crotty, a indicação mais clara de que a variante Delta do coronavírus pode causar complicações mais graves nos infectados é de um estudo feito na Escócia. Neste estudo, os pesquisadores observaram que a variante Delta quase dobrou o risco de hospitalização em comparação com as outras variantes.

Além disso, médicos norte-americanos apontam que a variante Delta causa um início mais rápido dos sintomas de COVID-19. Na China, pesquisadores verificaram que a carga viral das pessoas contaminadas com a variante Delta também é maior, na maioria dos casos. Diante dessas descobertas, os CDC afirmaram que a variante Delta é tão contagiosa quanto a catapora (varicela) e muito mais contagiosa do que a gripe.

Quem é infectado pela COVID-19 nos EUA hoje?

Nos EUA, a taxa de aumento de casos graves da COVID-19 aumenta, especialmente, em regiões onde a porcentagem da população imunizada ainda é baixa. Inclusive, os novos surtos da infecção estão novamente sobrecarregando os profissionais de saúde na linha de frente. No momento, a maioria das hospitalizações e mortes por coronavírus nos EUA ocorre em pessoas que não foram vacinadas.

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"Isso é como um incêndio florestal, não é uma fogueira latente. Está em chamas agora", afirmou Michelle Barron, diretora médica do UCHealth. "Estamos atendendo mais pacientes que precisam de oxigênio mais cedo", comentou Benjamin Barlow, diretor médico da American Family Care, que é uma outra rede privada de saúde norte-americana.

Fonte: Reuters