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Vape gera problemas respiratórios já no primeiro mês de uso

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Agosto de 2023 às 11h37

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licsiren/envato
licsiren/envato

O uso de vape pode gerar problemas respiratórios já no primeiro mês. A afirmação vem de um artigo conduzido pelo Center for Tobacco Research, integrante da The Ohio State University (EUA). Segundo os pesquisadores, esse período implica em um risco 78% maior de sentir falta de ar e 50% maior de sintomas de bronquite.

Para chegar a essa descoberta, o grupo acompanhou as informações de mais de dois mil jovens, referentes a três anos: 2015, 2017 e 2018. Os participantes responderam alguns questionários relacionados a cigarro, vape ou cannabis.

A próxima etapa do estudo consistiu em dividir os participantes em grupos: os que nunca experimentaram, os que usaram em pelo menos um dos últimos 30 dias e os usuários mais frequentes (nos últimos 30 dias).

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"Os cigarros eletrônicos não são de forma alguma isentos de riscos. Os cigarros eletrônicos carregam um risco respiratório potencial. Qualquer jovem que não esteja usando nenhum outro produto deve estar ciente e fazer uma escolha cuidadosa antes de iniciar o uso de cigarros eletrônicos", refletem os pesquisadores, em comunicado divulgado pela própria universidade.

“A indústria do tabaco deixou um legado de usuários adultos de cigarros de longo prazo que agora estão tentando parar com a ajuda de dispositivos de cigarro eletrônico. Ainda estamos aprendendo sobre os impactos de longo prazo dos cigarros eletrônicos, mas sabemos, com base na literatura existente, que eles provavelmente representam menos riscos à saúde dos indivíduos do que os cigarros convencionais”, afirmam os pesquisadores.

“No entanto, os cigarros eletrônicos não são isentos de riscos, especialmente sem uma regulamentação cuidadosa de aromas e aditivos químicos que ainda existem em alguns produtos atualmente. Limitar o início do uso de cigarros eletrônicos por não fumantes é uma meta crítica de saúde pública, especialmente para as gerações mais jovens que se tornam viciadas”, complementam.

Vape faz tão mal quanto cigarro?

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Em um estudo do InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP), pesquisadores descobriram que usuários de cigarros eletrônicos apresentam níveis de nicotina equivalentes ao consumo de 20 cigarros tradicionais por dia.

Na ocasião, os cientistas envolvidos afirmaram que o vape surgiu em um formato atrativo e com a falsa promessa de ser menos nocivo à saúde em comparação com o cigarro tradicional.

Vape pode comprometer pulmão

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Segundo estudo publicado na revista científica eLife, o vape pode causar infecção no cérebro, pulmão, coração e cólon. No experimento, roedores foram expostos à substância sabor hortelã e manga durante três sessões diárias de 20 minutos, e então divididos em dois grupos: o primeiro foi submetido a essas sessões por quatro semanas, e o segundo por 12.

Assim, os cientistas notaram que a exposição a esse material aumenta a expressão de genes que codificam moléculas inflamatórias, e essas mudanças na expressão do gene inflamatório variaram dependendo do sabor. Os resultados sugerem que o uso diário desses dispositivos pode causar inflamação em vários órgãos dentro de meses.

Mas mesmo antes, estudos já indicavam que os cigarros eletrônicos estão ligados ao câncer de pulmão. O artigo expôs grupos de roedores a três condições diferentes, cada uma com duração de quatro horas por dia, cinco dias por semana. No fim do experimento, nove dos 40 camundongos expostos ao vapor direto do vape desenvolveram câncer de pulmão, o que equivale a 22,5%.

Fonte: The Ohio State UniversityeLife