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Vacina do HPV vai ser aplicada em dose única no SUS

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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nearxiii/Freepik
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Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou novas estratégias para imunizar a população contra o papilomavírus humano (HPV). A partir de agora, as crianças e os adolescentes, de 9 a 14 anos, podem receber uma única dose da vacina do HPV, através do Sistema Único de Saúde (SUS). 

A redução do número de doses da vacina contra o HPV tem inúmeros benefícios, incluindo a possibilidade de aumentar a cobertura vacinal contra a Infecção Sexualmente Transmissível (IST) — vale destacar que o vírus HPV eleva o risco de vários cânceres, incluindo o câncer de colo de útero. Então, a ideia é que os jovens estejam vacinados, antes da primeira relação sexual.

Quem pode tomar a vacina do HPV?

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Conforme aponta a Nota Técnica do Ministério da Saúde, a orientação da dose única da vacina contra o HPV é válida para aqueles que têm entre 9 e 14 anos. Dependendo dos estoques na região, jovens de até 19 anos, ainda não vacinados, poderão receber o imunizante no SUS.

Para os outros grupos na fase adulta, a vacina do HPV continua a ser indicada em mais doses (quase sempre 3). São os casos de pacientes imunocomprometidos (como pessoas que convivem com o HIV) ou com papilomatose respiratória recorrente (PPR), além de vítimas de violência sexual.

Dose única da vacina contra HPV

A decisão de aplicar a vacina contra o HPV em dose única é embasada em estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS), onde foi demonstrado que a estratégia é capaz de proteger os indivíduos do câncer de colo de útero, por exemplo. No total, 37 países já adotam esse esquema simplificado.

Segundo a OMS, podem ser adotados três diferentes esquemas de vacinação, conforme a idade da pessoa:

  • Dose única: pessoas com até 20 anos;
  • Duas doses: pessoas com 21 anos ou mais;
  • Três doses: pessoas com o sistema imunológico comprometido. 

Doses aplicadas no SUS

Com a nova orientação, a expectativa das autoridades de saúde brasileiras é ampliar a cobertura vacinal. De 2022 para 2023, o número de doses aplicadas subiu de 4 milhões para 6,1 milhões, o que representa uma alta de 42%.

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Apesar da tendência positiva, a cobertura ainda é baixa entre os brasileiros. "A cobertura vacinal para meninas com a primeira dose atinge 76%, no entanto, para a segunda dose não alcança 60%. Em relação aos meninos, a cobertura com a primeira dose é de 42% e a segunda de 27%”, detalha a nota técnica.

Importância da vacina contra o vírus HPV

Embora o principal foco com a vacinação do HPV seja reduzir os casos de câncer de colo de útero, a vacina também traz benefícios para os meninos. Afinal, a infecção aumenta o risco de diferentes tipos de câncer ao longo da vida, como câncer de pênis — por ano, quase 500 homens têm o pênis amputado por causa desse tumor. Também reduz o risco do câncer da boca, de orofaringe, de ânus e de vulva. 

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Além disso, o patógeno pode causar verrugas anogenitais. Embora sejam benignas do ponto de vista oncológico, “causam grave comprometimento clínico e psicológico nos indivíduos afetados”, afirma o texto.

Fonte: Ministério da Saúde