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Vacina do Alzheimer: começam os primeiros estudos com humanos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 15 de Novembro de 2021 às 15h15

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iLexx/Envato
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Na busca por novas soluções contra o Alzheimer, a empresa biofarmacêutica sueca Alzinova começa a testar uma potencial vacina contra a condição neurodegenerativa. A pesquisa clínica de Fase 1b já recruta os primeiros voluntários que irão receber o imunizante ALZ-101 — ou um placebo — na Finlândia. Até o momento, nenhuma vacina demonstrou eficácia e segurança contra a doença no mundo.

O estudo da vacina contra o Alzheimer será duplo-cego, controlado por placebo e randomizado. No total, 26 pacientes poderão ser incluídos na primeira leva de testes da vacina, com tempo estimado de 20 semanas. As pesquisas serão coordenadas pela Clinical Research Services Turku (CRST), localizada na cidade finlandesa de Turku, e os resultadores devem ser divulgados no segundo semestre de 2023.

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O objetivo da Fase 1b será "avaliar a tolerabilidade e segurança da vacina candidata", explica a empresa, em nota. O estudo "também estudará a resposta imunológica à vacina após doses múltiplas, bem como uma série de biomarcadores associados ao Alzheimer", complementa. Em outras palavras, serão investigadas questões como segurança, dosagem ideal e resposta imunize induzida.

"É muito gratificante que [a vacina] ALZ-101 tenha entrado em testes clínicos em uma área com uma necessidade médica tão grande não atendida. Estamos ansiosos para continuar o desenvolvimento deste potencial tratamento da doença com o objetivo de longo prazo de tratar e prevenir o início e a progressão desta doença devastadora", afirmou Kristina Torfgård, CEO da Alzinova.

Como funciona a potencial vacina do Alzheimer?

A vacina da Alzinova contra o Alzheimer carrega anticorpos sintéticos que miram uma proteína tóxica, a beta-amiloide. Ela se acumula no cérebro e é considerada uma das possíveis causas da condição neurodegenerativa e do declínio cognitivo desencadeados pela doença. Com o excesso dessa proteína, o funcionamento e a saúde dos neurônios são afetados.

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Os primeiros sinais desse acúmulo de toxinas podem ser encontrados até 20 anos, antes de qualquer sintoma do Alzheimer. Agora, a expectativa é que a potencial vacina possa impedir a formação dessa placa no cérebro, prevenindo os possíveis déficits cognitivos e a perda de memória que surgem com a doença.

Vale lembrar que um remédio da empresa de biotecnologia Biogen Idec, o Aduhelm — cujo princípio ativo é o aducanumabe —, promete remover essas placas formadas pela proteína beta-amiloide. A fórmula foi aprovada pela agência de saúde dos Estados Unidos, mas os desenvolvedores ainda devem fornecer informações extras sobre a eficácia da fórmula.

Fonte: IFL Science e PR Newswire