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Vacina do Alzheimer a caminho: entenda o acordo da Takeda

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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oneinchpunchphotos/envato
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Conhecida pela vacina contra a dengue (Qdenga), a farmacêutica japonesa Takeda se envolve em um novo projeto: o desenvolvimento da primeira vacina do Alzheimer. Em parceria com a startup de biotecnologia AC Immune, a potencial imunoterapia já está na primeira fase de testes com humanos.

Oficialmente chamada de ACI-24.060, a potencial vacina busca retardar o avanço da doença de Alzheimer, ainda nas primeiras fases da condição neurodegenerativa, com o uso de anticorpos direcionados. Os resultados parciais podem ser divulgados ainda no segundo trimestre. 

“Na Takeda, estamos comprometidos em combater algumas das doenças mais debilitantes da sociedade, incluindo a doença de Alzheimer”, afirma Sarah Sheikh, chefe da unidade de área terapêutica de neurociência e chefe de desenvolvimento global na Takeda, em nota.

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Em paralelo, outra aposta da farmacêutica é a vacina da dengue, que deve escalonar nos próximos anos. Com produção ainda limitada, doses do imunizante são aplicadas apenas em grupos prioritários no Sistema Único de Saúde (SUS), durante a grave epidemia da dengue no Brasil.

Vacina do Alzheimer

Para entender o funcionamento da vacina do Alzheimer, o composto é, na verdade, um tipo de imunoterapia — estratégia já usada contra o câncer. Isso significa que a fórmula é carregada por anticorpos monoclonais, capazes de atacar as formas tóxicas da proteína beta-amiloide, ligadas à progressão da doença.

Em tese, o imunizante induz a eliminação de placas beta-amiloide do cérebro, o que o torna uma aposta para retardar ou mesmo impedir a progressão da doença do Alzheimer. A eficácia será compreendida, agora, durante os testes clínicos.

Está em andamento a fase 1b/2 da vacina do Alzheimer, com o objetivo de medir a segurança, tolerância, imunogenicidade e efeitos no organismo da imunoterapia em indivíduos com Alzheimer e em adultos com síndrome de Down.

“Como pioneiros no campo da imunoterapia ativa, estamos desenvolvendo uma abordagem inovadora que poderá mudar o paradigma do tratamento da doença de Alzheimer e abordar o fardo multifacetado que os pacientes e a comunidade em geral enfrentam", pontua Andrea Pfeifer, CEO da AC Immune.

O acordo da Takeda

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Diferente de outras vacinas, desta vez, o envolvimento inicial da Takeda na vacina do Alzheimer é no campo do financiamento. Serão investidos inicialmente US$ 100 milhões (aproximadamente 512 milhões de reais) nas pesquisas contra a doença, coordenadas pela AC Immune.

Se os resultados forem positivos e for demonstrado que a vacina ajuda no tratamento do Alzheimer, a AC Immune poderá receber uma quantia de até US$ 2,2 bilhões (cerca de 11,2 bilhões de reais). Em troca, a Takeda terá exclusividade na licença global para produção da vacina.

Fonte: Takeda