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Vacina da Moderna é aprovada pela FDA nos Estados Unidos

Por| 19 de Dezembro de 2020 às 10h00

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Reprodução: AP
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Após conceder aprovação para a vacina da Pfizer, a FDA (Food and Drug Administration), agência americana que funciona como nossa Anvisa, aqui no Brasil, liberou uso emergencial para a vacina da Moderna, que também utiliza a mesma tecnologia da pioneira no país, de RNA mensageiro. De acordo com a farmacêutica, a vacina, chamada de mRNA-1273, poderá ser aplicada em indivíduos com mais de 18 anos. "A vacina da Moderna contra COVID-19 agora foi autorizada para distribuição e sob uso emergencial", anunciou a empresa, em nota.

Segundo a Moderna, o governo americano fez um acordo para comprar 200 milhões de doses até o momento, com possibilidade de aumentar essa quantidade para 500 milhões, com 300 milhões de doses adicionais. A empresa ainda afirmou que, até o fim de dezembro, 20 milhões de doses já serão entregues ao governo americano.

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Durante a semana, já era esperado que a vacina fosse aprovada pelo comitê norte-americano. O imunizante foi considerado altamente eficaz, de acordo com dados divulgados na terça-feira (15) pela agência reguladora local. O jornal The New York Time já havia adiantado que a FDA pretendia, segundo fontes, autorizar o uso emergencial da vacina da Moderna na sexta (18). “Esta é uma ótima notícia, pois agora nos leva a dois produtos com altos níveis de eficácia”, comentou Rupali Limaye, cientista da Universidade Johns Hopkins.

Agora, os Estados Unidos contam com dois imunizantes, mesmo que sob concessão de emergência, para uso no país. Ambos com tecnologia inovadora de RNA mensageiro. Segundo o Dr. Barry R. Bloom, professor de saúde pública de Harvard, os resultados da Moderna e da Pfizer são ótimos e permitirão uma boa imunização dos norte-americanos contra a COVID-19. Isso porque a Moderna demonstrou uma eficácia de 94,1%, enquanto da Pfizer tem 95%

Moderna ou Pfizer?

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Nenhuma das duas vacinas apresentou, durante os ensaios clínicos, efeitos colaterais graves ou estatisticamente significantes. Em comparação com a vacina da Pfizer, a Moderna teve uma maior probabilidade de causar dores de cabeça, inflamação no local da injeção e efeitos colaterais relacionados, de acordo com Bloom — o que, de forma alguma, deve contraindicar seu uso.

Vale comentar que o imunizante da Moderna tem alguns pontos bastante atrativos, sendo o principal deles o armazenamento, já que as doses precisam ser armazenadas em temperaturas de -20°C, em freezers farmacêuticos comuns, diferente das da Pfizer (-70°C), que necessita dos chamados "super freezers". Com essa vantagem, a vacina da “Moderna é aquela que eu levaria para áreas rurais, centros de saúde comunitários e consultórios médicos privados”, explicou Bloom. 

Com as duas no arsenal contra a COVID-19, uma boa estratégia federal seria levar a da Moderna para áreas de acesso mais difícil ou com clima mais quente, e manter a da Pfizer sob os cuidados de hospitais e unidades com estrutura ideal para refrigeração.

O Canaltech fez um comparativo entre as duas vacinas, que você pode conferir aqui.

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Fonte: The New York Times, Moderna