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Treinos de fim de semana já diminuem riscos de doenças cardíacas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 24 de Julho de 2023 às 12h08

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bernardbodo/envato
bernardbodo/envato

Treinar apenas ao fim de semana já é suficiente para diminuir riscos de doenças cardíacas. Essa é a afirmação de um artigo científico publicado na revista JAMA Network na última terça-feira (18). Segundo os autores, que fazem parte do Massachusetts General Hospital, exercícios intensos no fim de semana trazem a mesma quantidade de benefícios do que exercícios moderados distribuídos durante toda a semana.

Para chegar a essa descoberta, os pesquisadores acompanharam os registros de atividades físicas (tanto a frequência quanto a intensidade do treino) de 89.573 pessoas, ao longo de uma semana.

Entre os participantes, 33,7% eram inativos (menos de 150 minutos de atividade física moderada a vigorosa por semana), 42,2% treinavam duas vezes por semana, e 24% se exercitavam em vários dias.

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Os autores perceberam que os dois padrões de atividade foram associados a riscos igualmente menores de ataque cardíaco (riscos 27% e 35% menores para guerreiros ativos de fim de semana e ativos regulares, respectivamente, em comparação com inativos), insuficiência cardíaca (riscos 38% e 36% menores), fibrilação atrial (riscos 22% e 19% menores) e acidente vascular cerebral (riscos 21% e 17% menores).

“Nossas descobertas sugerem que as intervenções para aumentar a atividade física, mesmo quando concentradas em um ou dois dias por semana, podem melhorar os resultados cardiovasculares”, aponta o estudo.

A ideia da equipe agora é conduzir futuras pesquisas para entender se esses exercícios realizados em apenas dois dias podem ajudar a proteger de outras condições além das analisadas no estudo em questão (e, se sim, quais).

Quanto tempo de exercício compensa um dia de sedentarismo?

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Em 2022, um estudo publicado na revista British Journal of Sports Medicine revelou, pela primeira vez, quanto exercício físico é necessário para compensar um dia de sedentarismo, ou seja: neutralizar os efeitos negativos de ficar sentado o dia todo. Na prática, cerca de 30 a 40 minutos por dia de uma atividade intensa devem bastar para compensar 10 horas sem atividades.

Vale observar que as diretrizes da OMS de 2020 recomendam 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 a 150 minutos de atividade física de intensidade vigorosa todas as semanas para combater o comportamento sedentário.

Exercícios físicos protegem a saúde mental

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Além da proteção contra doenças cardíacas, os exercícios também podem ajudar de outras formas, inclusive na saúde mental. Estudos anteriores já apontaram que fazer atividade física pode alterar a ação das células imunológicas do cérebro, o que reduz a inflamação, e consequentemente protege do Alzheimer.

Para se ter uma noção, um estudo de 2021 publicado na revista Frontiers of Psychiatry chegou a revelar até mesmo benefícios de exercícios físicos para o tratamento da depressão. Na ocasião, os pesquisadores alegaram que os exercícios aumentam a neuroplasticidade (também chamada de plasticidade neural) nas pessoas, ou seja: a capacidade do cérebro de se remodelar em resposta às mudanças ambientais.

Fonte: JAMA Network, The Harvard Gazette