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Treinos de fim de semana já diminuem riscos de doenças cardíacas

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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bernardbodo/envato
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Treinar apenas ao fim de semana já é suficiente para diminuir riscos de doenças cardíacas. Essa é a afirmação de um artigo científico publicado na revista JAMA Network na última terça-feira (18). Segundo os autores, que fazem parte do Massachusetts General Hospital, exercícios intensos no fim de semana trazem a mesma quantidade de benefícios do que exercícios moderados distribuídos durante toda a semana.

Para chegar a essa descoberta, os pesquisadores acompanharam os registros de atividades físicas (tanto a frequência quanto a intensidade do treino) de 89.573 pessoas, ao longo de uma semana.

Entre os participantes, 33,7% eram inativos (menos de 150 minutos de atividade física moderada a vigorosa por semana), 42,2% treinavam duas vezes por semana, e 24% se exercitavam em vários dias.

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Os autores perceberam que os dois padrões de atividade foram associados a riscos igualmente menores de ataque cardíaco (riscos 27% e 35% menores para guerreiros ativos de fim de semana e ativos regulares, respectivamente, em comparação com inativos), insuficiência cardíaca (riscos 38% e 36% menores), fibrilação atrial (riscos 22% e 19% menores) e acidente vascular cerebral (riscos 21% e 17% menores).

“Nossas descobertas sugerem que as intervenções para aumentar a atividade física, mesmo quando concentradas em um ou dois dias por semana, podem melhorar os resultados cardiovasculares”, aponta o estudo.

A ideia da equipe agora é conduzir futuras pesquisas para entender se esses exercícios realizados em apenas dois dias podem ajudar a proteger de outras condições além das analisadas no estudo em questão (e, se sim, quais).

Quanto tempo de exercício compensa um dia de sedentarismo?

Em 2022, um estudo publicado na revista British Journal of Sports Medicine revelou, pela primeira vez, quanto exercício físico é necessário para compensar um dia de sedentarismo, ou seja: neutralizar os efeitos negativos de ficar sentado o dia todo. Na prática, cerca de 30 a 40 minutos por dia de uma atividade intensa devem bastar para compensar 10 horas sem atividades.

Vale observar que as diretrizes da OMS de 2020 recomendam 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 a 150 minutos de atividade física de intensidade vigorosa todas as semanas para combater o comportamento sedentário.

Exercícios físicos protegem a saúde mental

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Além da proteção contra doenças cardíacas, os exercícios também podem ajudar de outras formas, inclusive na saúde mental. Estudos anteriores já apontaram que fazer atividade física pode alterar a ação das células imunológicas do cérebro, o que reduz a inflamação, e consequentemente protege do Alzheimer.

Para se ter uma noção, um estudo de 2021 publicado na revista Frontiers of Psychiatry chegou a revelar até mesmo benefícios de exercícios físicos para o tratamento da depressão. Na ocasião, os pesquisadores alegaram que os exercícios aumentam a neuroplasticidade (também chamada de plasticidade neural) nas pessoas, ou seja: a capacidade do cérebro de se remodelar em resposta às mudanças ambientais.

Fonte: JAMA Network, The Harvard Gazette