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Atividade física é mais importante para uma vida longa que a genética

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Outubro de 2022 às 09h50

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schantalao/Freepik
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A genética é fundamental e exerce grande influência sobre a saúde, mas pode não ser tão importante quando o assunto é vida longa, segundo pesquisadores norte-americanos. A equipe descobriu que se manter ativo, através da atividade física, tem um papel mais forte na longevidade de um indivíduo que a predisposição genética. Nessa equação, o fator principal é evitar o sedentarismo.

Liderado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, o estudo que observou quais fatores mais impactam em uma vida longa foi publicado na revista científica Journal of Aging and Physical Activity. Anteriormente, o mesmo grupo descobriu que baixos níveis de atividade física e permanecer longos períodos sentado estão associados a um maior risco de morte.

Na mesma direção das novas evidências, pesquisadores canadenses da Universidade McMaster já observaram o risco de passar muito tempo sentado para a saúde. Segundo este estudo, pessoas sedentárias com menos de 60 anos são sete vezes mais propensas a sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) do que quem passa menos de quatro horas sem se mover e que pratica, pelo menos, 10 minutos de atividade física diária.

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Estudo descobre que atividade física é mais importante que genética quando o assunto é vida longa

“O objetivo desta [nova] pesquisa era entender se as associações entre atividade física e tempo sedentário com a morte variavam com base em diferentes níveis de predisposição genética para a longevidade”, explica Alexander Posis, um dos autores do estudo e pesquisador da Universidade da Califórnia em San Diego, em comunicado.

Para responder esta pergunta, o grupo acompanhou 5,4 mil mulheres, a partir dos 63, por oito anos (de 2012 a 2020). Para medir o nível de atividade física, as volutuárias usavam, em intervalos específicos de tempo, dispositivos com um acelerômetro — para ser preciso, smartwatches —, o que permitia estabelecer a intensidade da atividade física praticada e o tempo em que a pessoa permanecia parada.

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Após analisar os dados, foi possível confirmar que níveis mais altos de atividade física leve e atividade física moderada a intensa foram associados a menor risco de morte. Por outro lado, mais tempo sem movimento (sedentarismo) foi relacionado ao maior risco de óbito. As associações permaneceram iguais, independente de existir alguma predisposição genética para a longevidade ou não.

"Nosso estudo mostrou que, mesmo que você não 'viva muito' com base em seus genes, ainda pode prolongar sua vida ao adotar um estilo de vida ativo, com exercícios regulares e passar menos tempo sentado", completa Aladdin Shadyab, outro autor do estudo e professor da UC San Diego.

Fonte: Journal of Aging and Physical Activity e UC San Diego