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Solidão pode aumentar risco de Parkinson

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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 twenty20photos/Envato
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Na última segunda-feira (2), um estudo publicado na revista JAMA Neurology revelou que a solidão pode potencializar o risco de Parkinson. Conforme expõe o artigo, os sentimentos podem levar a um aumento de 37% nas chances de diagnóstico da doença.

Mas a própria equipe reitera que a ideia da pesquisa é mostrar uma associação entre a solidão e o desenvolvimento de Parkinson, e não que a solidão cause a doença. Basicamente, o estudo aumenta o conjunto de evidências das conequências negativas da solidão, especialmente as condições neurodegenerativas.

Segundo os pesquisadores, são vários os fatores que podem estar ligados ao motivo pelo qual a solidão é capaz de aumentar o risco da doença, até mesmo no que diz respeito a vias metabólicas, inflamatórias e neuro e endócrinas, por exemplo.

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A questão é que, de acordo com o que o estudo expõe, a solidão parece estar associada a uma pior saúde geral do cérebro, talvez através de uma maior inflamação ou outros processos neurodegenerativos.

Solidão associada a Parkinson

A equipe diz que estar socialmente conectado pode diminuir o risco de Parkinson, mas reconhece que é necessário uma investigação mais aprofundada para abordar a questão. De qualquer forma, o relatório reflete que a maioria das pessoas que se sentem solitárias também vivem sozinhas, o que é cada vez mais a condição de muitos idosos.

Assim, viver sozinho também pode acarretar algumas escolhas de vida pouco saudáveis, como uma alimentação desequilibrada, com um consumo maior de lanches, fast food ou outras escolhas maléficas para a saúde. Esse público ainda tende a ser menos ativo fisicamente.

Outro argumento levantado pelo grupo é que a solidão pode não ser boa para o cérebro devido à falta de estimulação cerebral diária. Mesmo com a televisão ou outras fontes de estimulação, o nível de envolvimento do cérebro pode diminuir. Por fim, a solidão pode resultar em uma maior sensação de estresse ou desconforto psicológico, levando a um cérebro mais vulnerável.

Como detectar Parkinson?

A tecnologia tem buscado diversas maneiras de identificar a doença neurodegenerativa. Em maio deste ano, um estudo publicado na ACS Central Science descreveu uma IA capaz de detectar Parkinson anos antes do surgimento dos sintomas.

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Anteriormente, outro grupo de cientistas conseguiu desenvolver uma IA que pode detectar Parkinson através da respiração. A tecnologia consegue ler os padrões de respiração de uma pessoa enquanto ela dorme e, a partir das informações coletadas, a rede neural estabelece qual é a gravidade do quadro e como ele tem progredido.

Outro método de detecção de Parkinson é a varredura ocular, capaz de fazer isso cerca de 7 anos antes dos sintomas.

Fonte: JAMA NeurologyACS Central Science