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Solidão pode aumentar risco de Parkinson

Por| Editado por Luciana Zaramela | 04 de Outubro de 2023 às 10h26

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 twenty20photos/Envato
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Na última segunda-feira (2), um estudo publicado na revista JAMA Neurology revelou que a solidão pode potencializar o risco de Parkinson. Conforme expõe o artigo, os sentimentos podem levar a um aumento de 37% nas chances de diagnóstico da doença.

Mas a própria equipe reitera que a ideia da pesquisa é mostrar uma associação entre a solidão e o desenvolvimento de Parkinson, e não que a solidão cause a doença. Basicamente, o estudo aumenta o conjunto de evidências das conequências negativas da solidão, especialmente as condições neurodegenerativas.

Segundo os pesquisadores, são vários os fatores que podem estar ligados ao motivo pelo qual a solidão é capaz de aumentar o risco da doença, até mesmo no que diz respeito a vias metabólicas, inflamatórias e neuro e endócrinas, por exemplo.

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A questão é que, de acordo com o que o estudo expõe, a solidão parece estar associada a uma pior saúde geral do cérebro, talvez através de uma maior inflamação ou outros processos neurodegenerativos.

Solidão associada a Parkinson

A equipe diz que estar socialmente conectado pode diminuir o risco de Parkinson, mas reconhece que é necessário uma investigação mais aprofundada para abordar a questão. De qualquer forma, o relatório reflete que a maioria das pessoas que se sentem solitárias também vivem sozinhas, o que é cada vez mais a condição de muitos idosos.

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Assim, viver sozinho também pode acarretar algumas escolhas de vida pouco saudáveis, como uma alimentação desequilibrada, com um consumo maior de lanches, fast food ou outras escolhas maléficas para a saúde. Esse público ainda tende a ser menos ativo fisicamente.

Outro argumento levantado pelo grupo é que a solidão pode não ser boa para o cérebro devido à falta de estimulação cerebral diária. Mesmo com a televisão ou outras fontes de estimulação, o nível de envolvimento do cérebro pode diminuir. Por fim, a solidão pode resultar em uma maior sensação de estresse ou desconforto psicológico, levando a um cérebro mais vulnerável.

Como detectar Parkinson?

A tecnologia tem buscado diversas maneiras de identificar a doença neurodegenerativa. Em maio deste ano, um estudo publicado na ACS Central Science descreveu uma IA capaz de detectar Parkinson anos antes do surgimento dos sintomas.

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Anteriormente, outro grupo de cientistas conseguiu desenvolver uma IA que pode detectar Parkinson através da respiração. A tecnologia consegue ler os padrões de respiração de uma pessoa enquanto ela dorme e, a partir das informações coletadas, a rede neural estabelece qual é a gravidade do quadro e como ele tem progredido.

Outro método de detecção de Parkinson é a varredura ocular, capaz de fazer isso cerca de 7 anos antes dos sintomas.

Fonte: JAMA NeurologyACS Central Science