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Jogo brasileiro pode ajudar na recuperação de pacientes com Parkinson

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Julho de 2023 às 16h12

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Alexandre Costa/Universidade Federal de Uberlândia
Alexandre Costa/Universidade Federal de Uberlândia

Cientistas da Universidade Federal de Uberlândia desenvolveram um jogo chamado RehaBEElitation, cuja premissa é ajudar no tratamento de pacientes com Parkinson. Na prática, ao jogar, esses pacientes realizam movimentos manuais característicos daqueles usados em tratamentos fisioterapêuticos.

Para controlar abelhas 3D durante o jogo, os usuários fazem movimentos de abrir e fechar as mãos, flexão, extensão, adução, abdução e pinça com os dedos polegar e indicador, em diferentes fases e níveis.

Isso ajuda na recuperação porque o Parkinson pode afetar o movimento de uma pessoa, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita, graças à degeneração das células cerebrais relacionadas à condução das correntes nervosas ao corpo.

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A equipe primeiro realizou um questionário para saber sobre as principais necessidades dos pacientes, e só então chegou à conclusão de que o jogo seria destinado ao tratamento e estímulo dos membros superiores.

O projeto foi vencedor na 11ª edição do evento "Challenge Handicap & Technologie", em Metz (França), no último mês de maio. A categoria que acompanhou a vitória foi "Autonomia", que visa a promoção da autonomia das pessoas em situação de dependência.

Por enquanto, o RehaBEElitation ainda não está disponível para os pacientes, já que ainda está sendo trabalhado. No entanto, um próximo passo é incorporar a avaliação dos membros inferiores nas modalidades, para ajudar ainda mais na recuperação desses pacientes.

Parkinson causa perda de movimentos

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Parkinson pode ser definido como um distúrbio cerebral que causa movimentos não intencionais ou incontroláveis. Os sintomas geralmente começam gradualmente, mas pioram com o tempo.

Conforme o Parkinson progride, o paciente tende a ter dificuldade em andar e falar, e ainda pode ter alterações mentais e comportamentais, como problemas de sono, depressão, dificuldades de memória. Embora a maioria dos pacientes desenvolva a doença após os 60 anos, cerca de 5% a 10% têm início antes dos 50 anos.

Para suprir a necessidade os pacientes, estudos já vêm sugerindo meios de detectar a doença. Pesquisadores chineses criaram um "nariz eletrônico" capaz de identificar Parkinson através do cheiro, por exemplo. Enquanto isso, uma equipe de cientistas norte-americanos que desenvolveu uma IA capaz de detectar a condição através da respiração.

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Conforme alerta o Ministério da Saúde, não existe cura para a doença, porém, ela pode e deve ser tratada, não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. "A grande barreira para se curar a doença está na própria genética humana, pois, no cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células não se renovam. A grande arma da medicina para combater o Parkinson são os medicamentos e, em alguns casos, a cirurgia, além da fisioterapia e a terapia ocupacional", aponta a Pasta.

Fonte: UFU, Ministério da Saúde