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Sintomas da covid longa podem contribuir para distúrbios do sono

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Wavebreakmedia/Envato Elements
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São inúmeros os sintomas que acompanham a covid longa, uma condição em que as sequelas são mais duradouras e podem permanecer por meses. Em um estudo recente divulgado na plataforma de preprints medRxiv, uma equipe de pesquisadores apontou que alguns desses sinais, como fraqueza muscular e ansiedade, podem acarretar em distúrbios do sono nos pacientes que precisaram ser hospitalizados por conta da doença.

O artigo, que ainda não foi revisado por pares (ou seja, não teve a avaliação de cientistas que atuam no campo do tema abordado), apresentou os resultados do monitoramento da qualidade do sono de pacientes que foram hospitalizados entre março de 2020 e outubro de 2021.

Para isso, a equipe aplicou um questionário sobre índice de qualidade do sono e levou os participantes a usar um acelerômetro nos pulsos durante 14 dias, aproximadamente sete meses após a alta hospitalar. Os dados do acelerômetro foram usados ​​para analisar a duração, regularidade e eficiência do sono. Dos 714 participantes, 64% relataram problemas de sono.

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Os cientistas perceberam que os distúrbios do sono foram prevalentes entre os pacientes com covid-19 que foram hospitalizados, persistindo por quase um ano após a alta. Outra descoberta do grupo foi que a má qualidade do sono e a irregularidade do sono estavam associadas à diminuição da função pulmonar.

Os pesquisadores também apontaram que os problemas de sono podem ser a causa de muitos dos sintomas prolongados da covid-19. Por isso, focar na qualidade do repouso pode aliviar alguns dos transtornos. Como as descobertas do estudo também podem se estender a outras doenças que requerem hospitalização, a ideia é entender a fundo essas consequências, através de futuras análises.

Anteriormente, o CDC (Centers for Disease Control and Prevention, departamento de saúde dos EUA) afirmou que a covid longa afeta um em cada cinco pacientes infectados, e as queixas mais frequentes entre os pacientes envolvem sintomas respiratórios e dores musculares. No entanto, idosos que sobreviveram à infecção tiveram maior risco de doenças neurológicas, em comparação com quem não teve covid-19.

Fonte: medRxiv via News Medical