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Covid longa afeta milhões e se torna desafio para economia

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Novembro de 2022 às 10h23

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Voronaman111/Envato
Voronaman111/Envato

A covid longa, também conhecida como síndrome pós-covid, é o novo desafio que a pandemia do coronavírus SARS-CoV-2 impõe ao mundo, com alto impacto econômico. Isso porque as pessoas, mesmo recuperadas da doença original, continuam a sofrer com as sequelas, como fadiga e problemas cognitivos, que duram pelo menos 3 meses — e ainda pode se estender.

Para entender a dimensão da covid longa nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) lidera uma grande pesquisa sobre a incidência das sequelas da covid-19. Nas primeiras semanas de outubro deste ano, foi estimado que quase metade dos adultos americanos (48,2%) relataram infecção pelo vírus e que 14,2% de todos eles — cerca de um em cada sete — estão com as sequelas da doença.

O estudo do CDC ainda aponta que 81,4% dos adultos com covid longa no país (18,5 milhões de pessoas) relataram ter alguma capacidade limitada pela condição. Além disso, 25% apontam essas limitações como significativas.

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Quais são os sintomas da covid longa?

"A condição da covid longa ocorre em indivíduos com histórico de infecção por SARS-CoV-2 provável ou confirmada, geralmente 3 meses após o início da covid-19 sintomática, e que duram pelo menos 2 meses", define a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entre os principais sintomas, estão:

  • Fadiga;
  • Falta de ar;
  • Tosse;
  • Dor no peito;
  • Névoa mental;
  • Problemas cognitivos;
  • Problemas de sono;
  • Alteração no olfato ou paladar.
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De forma geral, as sequelas da covid-19 são encontradas com mais frequência em pessoas com formas graves da doença, mas alguns casos envolvem pessoas que tiveram a infecção de forma leve ou assintomática.

Como a covid longa impacta a encomia?

Nos casos da covid longa dos EUA, os especialistas apontam para a incidência da população no auge da idade produtiva. O último levantamento aponta que, entre os que tem 30 a 39 anos, 17,2% são afetados pelo quadro. Agora, entre a faixa etária dos 40 aos 49, 17,9% são vítimas dessas sequelas. As mulheres (17,2%) são mais afetadas que os homens (10,9%).

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Desdobrando os dados para fora da saúde, este é um grande problema econômico. “Quer estejam no mundo financeiro, médico ou jurídico, eles [os pacientes com covid longa] me dizem estar sentados frente à tela de um computador, mas são incapazes de processar os dados”, afirma Zachary Schwartz, diretor-médico do Hospital Geral de Vancouver, no Canadá, para o portal WebMD.

“Isso é o que mais angustia as pessoas, porque não estão trabalhando, não estão ganhando dinheiro e não sabem quando — ou se — vão melhorar”, acrescenta Schwartz sobre as incertezas que a condição provoca nos trabalhadores.

Isso porque alguns pacientes podem sofrer por inúmeros meses com o quadro, período no qual a produtividade estará comprometida e o risco de demissão é maior. Em paralelo, as empresas são diretamente impactadas, o que vai gerar prejuízos financeiros.

Como prevenir a covid longa?

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No mundo todo, pesquisas sobre as causas e os possíveis tratamentos para a covid longa dão ainda os seus primeiros passos. “A quantidade de energia e tempo dedicado a isso é muito, muito menos do que deveria, considerando quantas pessoas são provavelmente afetadas”, pontua David Cutler, professor de economia na Universidade de Harvard, nos EUA.

Hoje, a maneira 100% eficaz na prevenção da covid longa é não ser infectado pelo coronavírus. Isso envolve o controle de transmissão de casos, testagem, amplas opções de tratamentos e, em especial, doses atualizadas da vacina. Estudos já comprovaram que a vacinação reduz o risco do quadro.

Fonte: CDC WebMD