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Ressonância magnética é perigosa apenas para quem não segue as normas

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Pressmaster/Envato
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Nas redes sociais, viralizou o vídeo em que um técnico em radiologia mostra o poder dos ímãs de um aparelho de ressonância magnética, com uma tesoura sendo fortemente atraída pelo magneto. As imagens reforçam que esta máquina pode ser perigosa, mas apenas para quem não não segue as normas de segurança. Às vezes, o que era para ser um simples exame pode terminar em tragédia.

Antes de qualquer explicação sobre o funcionamento dos aparelhos de ressonância magnética, vale o aviso: preste bastante atenção no que os profissionais de saúde orientam antes do início do exame. Não se deve entrar na sala com objetos de metal, por exemplo. 

Quando essas normas não são respeitadas, as fatalidades podem ocorrer. Por exemplo, no ano passado, um homem, de 40 anos, morreu em consequência de um acidente do tipo, em São Paulo. Ele entrou na sala de ressonância com um revólver, enquanto acompanhava a mãe durante o exame. Quando os ímãs foram ativados, ele foi atingido por uma bala da própria pistola. Incidentes graves com brinquedos sexuais já foram relatados também.

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Como funciona a ressonância magnética?

Os aparelhos de ressonância magnética usam poderosos ímãs, com potências de 1,5 tesla ou 3 tesla, que criam campos magnéticos. Em especial, esses ímãs provocam o alinhamento dos prótons de hidrogênio, presentes nos tecidos moles (ricos em água e/ou gordura). 

Em paralelo, ondas de radiofrequência são liberadas na parte do corpo que se busca analisar, perturbando esse alinhamento. Conforme os prótons se movimentam, eles emitem sinais (ondas de rádio) e estes são captados por softwares, capazes de transformar esses dados em imagens.

O procedimento é altamente seguro e não expõe os pacientes à radiação ionizante, que é perigosa para o corpo humano. "Não há riscos biológicos conhecidos na ressonância magnética porque, diferentemente do raio-X e da tomografia computadorizada, a ressonância magnética usa radiação na faixa de radiofrequência, que é encontrada ao nosso redor e não danifica o tecido ao passar", reforça estudo publicado na revista BMJ.

Atenção com objetos metálicos

Entretanto, as regras de segurança são importantes por causa dos magnetos. Então, é preciso evitar os "perigosos" objetos metálicos, já que podem se comportar como projéteis. Isso inclui desde clipes a correntes, passando por cartões com tarjas magnéticas, piercings e brincos. 

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No caso de pacientes com dispositivos eletrônicos implantáveis, como marcapassos ou clipes de aneurisma, é preciso confirmar se é seguro realizar o procedimento — em alguns casos, é necessário recorrer a outros exames médicos. 

Pessoas que fizeram tatuagens ou maquiagem definitiva recentemente podem ser impedidas de realizar a ressonância magnética. Por outro lado, aparelhos ortodônticos comuns ou estilhaços metálicos presos no corpo podem não representar riscos.

Fonte: BMJ