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Marcapasso e bomba de insulina | O que perguntar antes de instalar um implante

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Ulrike Leone/Pixabay
Ulrike Leone/Pixabay

Na medicina, algumas condições de saúde são facilmente controladas com o uso de implantes, como o marcapasso para o coração e a bomba de insulina para o diabetes. Existem também algumas alternativas para o controle reprodutivo, como o implante contraceptivo. Em comum, estas opções são instaladas no paciente através de uma cirurgia e, como tal, tendem a gerar inúmeras dúvidas.

Para o paciente se sentir seguro durante todo o processo, é importante que ele conheça exatamente o que está tratando e como age o implante que será instalado. A pessoa também deve conhecer as limitações daquele tipo de tecnologia e saber sobre os possíveis riscos associados.

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Vale lembrar que o uso de implantes é mais comum do que se imagina. Nos Estados Unidos, a Associação Médica Americana afirma que 10% da população norte-americana vive ou viverá com algum tipo de dispositivo implantado no corpo.

Conheça o seu diagnóstico

Quando se tem algum problema no coração, não basta saber isso de forma genérica. É preciso que o próprio paciente saiba qual é a sua condição. Por exemplo, uma pessoa tem um bloqueio atrioventricular e, por isso, irá instalar um marcapasso. A questão é que existem algumas variações dessa mesma doença, como primeiro, segundo ou terceiro grau. Entendê-la em detalhes vai ajudar na hora de pedir uma segunda opinião sobre o procedimento.

Outro ponto importante é questionar se o implante proposto é o melhor para a sua condição e se é a tecnologia mais recente desenvolvida pela medicina. Aqui, cabe destacar que a tendência é que, quanto mais novo um implante, menor ele será.

Quão seguro é o implante?

Os pacientes devem questionar sobre as possíveis complicações e os riscos envolvidos com o dispositivo implantável. Isso porque implantes, como qualquer outro tipo de tecnologia, podem falhar e esses problemas, eventualmente, representam riscos para a saúde do paciente.

“Pergunte sobre o que esperar quando algo falhar”, orienta o radiologista Gethin Williams para a revista Wired. Além disso, “pergunte sobre a taxa de infecção, quebra do dispositivo ou deslocamento da bateria", acrescenta. Também é interessante saber como funciona a manutenção. Afinal, é importante conhecer quais medidas devem ser tomadas nessas circunstâncias.

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Pergunte sobre qual tecnologia será usada

Outro ponto válido é conhecer o mínimo sobre a tecnologia que será usada no implante e como ela funcionará no seu corpo em diferentes circunstâncias. “Pergunte se é seguro para o corpo fazer exames [com ele]? Vai machucar? Nem todos os dispositivos funcionarão com segurança quando há um forte ímã como o de uma máquina de ressonância magnética. Você pode levar um choque ou se queimar com um implante, a menos que faça perguntas específicas sobre as diretrizes do fabricante”, explica Williams.

Questão das alergias

Se estiver seguro até aqui, é importante verificar se o seu organismo não tem nenhuma alergia a algum componente do implante. Segundo especialistas, o tipo mais comum é alergia a níquel. Isso porque diferentes dispositivos usam nitinol, ou seja, uma mistura de níquel e titânio. Quando o equipamento já está instalado, é mais complexo verificar que esta é a possível causa de complicações. Às vezes, testes preliminares são necessários.

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E se eu não quiser viver com um implante?

Após questionar todos esses pontos, a conclusão pode ser: não quero viver com um implante. Nesses casos, o melhor caminho é conversar com o seu médico e entender quais são as possibilidades reais. Exceto questões de extrema necessidade e de risco de morte, o dispositivo é apenas uma das opções para o tratamento. Em outras palavras, alternativas também podem ser consideradas, como o uso de medicações ou de dispositivos móveis.

“Você deve tentar primeiro [outras alternativas, quando disponíveis] para ver se elas funcionam, para evitar a cirurgia. A cirurgia ainda deve ser o último recurso. E peça uma segunda opinião”, aconselha o neurocirurgião Harminder Singh.

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Fonte: Wired