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Paciente teria usado plug anal em ressonância magnética e resultado é assustador

Por| Editado por Luciana Zaramela | 15 de Maio de 2023 às 11h49

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Nikita_Karchevskyi/envato
Nikita_Karchevskyi/envato

Se o aviso dos profissionais de saúde não é o suficiente para te compelir a se desfazer de todos os objetos metálicos antes de entrar em uma máquina de imageamento por ressonância magnética (IRM), talvez um conto cautelar ajude — é o suposto caso de um paciente que, sem querer, utilizou um plug anal durante o exame e acabou com o objeto muito mais enterrado no corpo do que o planejado.

O acontecimento foi compartilhado nas redes sociais e comentado como parte de um processo judicial, onde o cliente que utilizou o plug alegou ter adquirido o produto propagandeado como sendo “100% feito de silicone”, mas que, no final das contas, continha um centro metálico. Esse fato teria sido o que, inadvertidamente, haveria causado o puxão quase fatal durante a ressonância magnética.

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Entenda o caso

No relato do usuário apelidado de BradiusZero, lê-se, em tradução livre:

“É o maior caso de danos corporais que eu já vi. Um advogado atendeu um cliente que está processando uma companhia de brinquedos sexuais. Tal cliente comprou um plug anal propagandeado como ‘100% silicone’. O cliente foi a um exame de IRM utilizando o plug anal. Para a consternação do cliente, o objeto possui, na verdade, um núcleo metálico. O plug anal é acelerado na velocidade do som para dentro da cavidade torácica do cliente. No memorando, o objeto é descrito como um ‘canhão elétrico anal’. O cliente sobreviveu com ferimentos graves.”

Muito embora o relato possa ser questionado quanto à sua veracidade — especialmente por conta da imagem já ter surgido em uma postagem em outra rede social há um mês e, em seguida, ter sido deletada —, é bom ressaltar que o evento é completamente possível, e serve como um bom lembrete dos perigos de levar objetos metálicos a salas de ressonância magnética.

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Entre outros exemplos, temos o caso do advogado brasileiro que veio a óbito por trazer uma arma carregada a tal ambiente e o paciente que foi esmagado por um cilindro de oxigênio trazido ao ambiente. No vídeo abaixo, é possível ver na prática o que acontece com peças de metal na presença de um aparelho de IRM ligado:

Como funciona a ressonância magnética

Os aparelhos de imageamento por ressonância magnética criam campos magnéticos poderosos, incluindo ondas de rádio, mirando nos núcleos de hidrogênio — prótons — da água presente no corpo humano. Como os prótons são sujeitos ao campo magnético, cerca de mil vezes mais forte do que um ímã de geladeira, seus eixos se alinham. Esse alinhamento uniforme cria um vetor magnético, orientado ao longo do eixo do scanner de IRM.

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Quando mais energia é adicionada ao campo magnético, na forma de ondas de rádio, o vetor magnético é defletido. A frequência das ondas de rádio que faz com que os núcleos de hidrogênio ressoem depende do elemento que se busca analisar (neste caso, hidrogênio) e da força do campo magnético.

No momento em que a origem da radiofrequência é desligada, o vetor magnético volta para o estado de descanso, e isso faz com que um sinal seja emitido, além de uma onda de rádio. Essa emissão de sinal é capturada pelo aparelho, sendo utilizada para criar as imagens de ressonância magnética. O método é extremamente útil para ver músculos e cartilagem, sendo mais eficiente do que qualquer outro escaneamento, mas gera um puxão eletromagnético incrivelmente forte, que puxa quaisquer objetos de metal próximos.

Fonte: BMJ, LiveScience