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Remédios para estômago aumentam risco de AVC, segundo estudo

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Aew/Rawpixel
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Remédios para enjoo do estômago aumentam risco de AVC (acidente vascular cerebral isquêmico), de acordo com um estudo publicado pelo periódico The BMJ na última quarta-feira (23). Esses medicamentos são conhecidos como antieméticos, e atuam bloqueando a atividade da dopamina, um dos neurotransmissores. A teoria é que as possíveis consequências estão interligadas ao fluxo sanguíneo para o cérebro.

Os pesquisadores da Bordeaux University (França) analisaram um banco de dados do sistema francês até chegarem a 2.612 pacientes que tiveram AVC 2012 e 2016 e tomaram um dos medicamentos (domperidona, metopimazina ou metoclopramida) nos 70 dias anteriores ao ocorrido. Os pacientes tinham idade média de 72 anos, conforme constatou o artigo em questão.

Eles compararam as frequências dessa medicação entre um período de risco (1 a 14 dias antes do AVC) e três períodos de referência correspondentes (70 a 57 dias antes, 56 a 43 dias antes e 42 a 29 dias anteriores ao AVC). Esses pacientes que tiveram AVC foram então comparados a um grupo de 21.859 pessoas que não tiveram, mas que também tomaram esses medicamentos.

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Depois de levar em conta todos esses fatores, os pesquisadores descobriram que novos usuários desses medicamentos podem ter um risco três vezes maior de ter um AVC após o início do tratamento. Ainda assim, os pesquisadores alertaram para a falta de informações sobre a dose diária prescrita ou duração do tratamento, e ressaltaram a necessidade de mais pesquisas relacionadas à causa exata para essa relação.

Anteriormente, um artigo publicado na revista científica Circulation apontou que o uso regular do medicamento paracetamol pode aumentar o risco de AVC e infarto em pessoas com pressão alta, o que levou os pesquisadores a recomendar que profissionais da saúde tratem pacientes com dor crônica com a dose mais baixa possível de paracetamol e dediquem atenção especial a aqueles com pressão alta e risco de doenças cardíacas.

Fonte: The BMJ