Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Paracetamol aumenta risco de AVC em pessoas com pressão alta, segundo estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Fevereiro de 2022 às 13h50

Link copiado!

Rawpixel/Envato Elements
Rawpixel/Envato Elements

Segundo um artigo publicado na última segunda-feira (7) na revista científica Circulation, o uso regular do medicamento paracetamol pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto em pessoas com pressão alta. O estudo foi conduzido por uma equipe da Universidade de Edimburgo, na Escócia.

Para chegar a essa afirmação, os cientistas analisaram 110 pacientes com histórico de pressão alta que tomavam paracetamol quatro vezes ao dia para dores crônicas. A equipe dividiu os participantes em dois grupos: o primeiro continuou tomando paracetamol, e o segundo passou a tomar um placebo, sem saber.

Duas semanas depois, os cientistas notaram que o primeiro grupo teve um aumento significativo da pressão arterial. Com isso, a conclusão é que o medicamento representa um risco 20% maior para infarto ou derrame, para esse público.

Continua após a publicidade

Com a descoberta, os pesquisadores aconselham os profissionais da saúde a iniciar pacientes com dor crônica com a dose mais baixa possível de paracetamol e dedicar atenção especial a aqueles com pressão alta e risco de doenças cardíacas.

Por enquanto, a equipe ainda não chegou a uma conclusão concreta de como o paracetamol aumenta a pressão arterial, mas a ideia é que as descobertas façam com que os médicos vejam de outra maneira as prescrições de paracetamol a longo prazo. De qualquer forma, os próprios cientistas reconhecem que é preciso fazer mais pesquisas, tanto em pessoas com pressão arterial normal e saudável quanto pessoas com hipertensão, para entender a fundo esse impacto do medicamento.

"A ingestão diária regular de 4 g de paracetamol aumenta a pressão arterial em indivíduos com hipertensão, quando comparado com placebo; isso aumenta o risco cardiovascular e questiona a segurança do uso regular do medicamento nessa situação", conclui o estudo.

Continua após a publicidade

Fonte: Circulation