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Coronavírus: qual a diferença entre COVID-19, SARS e MERS?

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Coronavírus: qual a diferença entre COVID-19, SARS e MERS?
Coronavírus: qual a diferença entre COVID-19, SARS e MERS?

Mais de 650 mil pessoas, em todo o mundo, foram infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) nos últimos três meses. Outras 30 mil pessoas foram a óbito por essa infecção respiratória, cujo número de vítimas não para de crescer. Além das questões de saúde, esse vírus tem paralisado as principais economias do globo, a exemplo de grandes potências como China e Estados Unidos. Mas afinal, o que é um coronavírus? 

Coronavírus não é o nome da doença — embora a COVID-19 seja muito chamada pelo apelido de "novo coronavírus" —, mas sim uma família de vírus que causam infecções respiratórias. Segundo os relatos médicos, os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez ainda no ano de 1937.

Desde então, sabemos que os coronavírus podem causar doenças parecida com a gripe, trazendo até mesmo complicações graves, epidemias, pandemias e impactos diretos na saúde pública. São os casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2003, e da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), descoberta em 2012 — ambas causadas por coronavírus.

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Em retrospecto, por onde passaram, os coronavírus causaram transtornos e perdas. A seguir, confira parte das histórias e características de cada um desses patógenos.  

COVID-19

A COVID-19 é a doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. O agente da COVID-19 só foi descoberto no último dia de 2019, após uma série de casos relatados na China, na província de Wuhan, e causar comoção global conforme se espalhou pelo mundo. Até agora, as autoridades de saúde pública em todo o mundo ainda investigam sua ação e reações no corpo humano. Inclusive, desconfia que o vírus tenha vindo dos morcegos.

Mesmo séria, a maioria das pessoas infectadas por esse coronavírus enfrentará uma doença respiratória leve a moderada, se recuperando sem a necessidade de um tratamento especial ou até mesmo internação, porque terão apenas os sintomas de uma gripe comum, como tosse e febre. Já os idosos e aqueles com problemas médicos pré-existentes, como doenças cardiovasculares, diabetes, tuberculose e câncer, por exemplo, terão mais probabilidade de desenvolver as complicações graves. É o caso de uma pneumonia que, posteriormente, pode desencadear uma fibrose pulmonar.

Sem vacinas ou medicamentos específicos, as melhores formas de profilaxia são a quarentena — o isolamento funciona, porque quase nenhuma das pessoas tem anticorpos para esse vírus — e boas práticas de higiene, como lavar bem as mãos ou o uso de álcool em gel 70%. Afinal, o vírus da COVID-19 se espalha, principalmente, por gotículas de saliva ou secreções eliminadas por tosse e espirros.

SARS

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Identificado pela primeira vez em 2003, o vírus SARS-CoV (nota-se que não tem o número dois) é conhecido por causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave, a SARS. É uma epidemia que afetou 26 países e registrou mais de oito mil infecções desde que foi descoberta na província de Guangdong, no sul da China, em 2002. Desde então, um pequeno número de casos ocorreu como resultado de acidentes com o vírus em laboratório ou, menor ainda, por transmissão de animal para humano.

As últimas pesquisas levam a crer que o SARS-CoV seja um vírus de origem animal e, novamente, acredita-se que seja originário dos morcegos, com possível transmissão para gatos domésticos. No entanto, a sua transmissão acontece, principalmente, de pessoa para pessoa. 

Já os sintomas também são semelhantes aos da gripe e incluem febre, mal-estar, dor de cabeça, diarreia e calafrios. Novamente, nenhum sintoma individual ou conjunto de sintomas provou ser específico para o diagnóstico de SARS (igual a COVID-19). Também é especialmente preocupante em idosos e pacientes imunossuprimidos, quando passam a exigir cuidados intensivos.

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MERS

Já a síndrome respiratória do Oriente Médio, popularmente chamada de MERS, é uma doença respiratória viral, ou seja, uma virose que ataca o sistema respiratório. É causada pelo coronavírus MERS, por sua vez chamado MERS-CoV, que foi identificado pela primeira vez na Arábia Saudita, no ano de 2012.

Na época, foram registras surtos em países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Coreia do Sul. Já as últimas evidências científicas sugerem que os camelos e dromedários são importantes hospedeiro do MERS-CoV e, provavelmente, foram a principal fonte de infecção em humanos.

O curioso é que nenhuma transmissão sustentada de homem para homem foi documentada. Por isso mesmo, as práticas de profilaxia da MERS se baseiam na prevenção de produtos animais não pasteurizados ou não cozidos e na prática de hábitos de higiene seguros, quando se lida com esses animais.

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Os sintomas da MERS variam de nenhum a problemas respiratórios leves ou graves, incluindo febre, tosse, falta de ar, diarreia e até pneumonia — novamente, o padrão sintomático se repete. Também pode causar problemas graves, como insuficiência respiratória, e requer ventilação mecânica com internação em UTI, por exemplo, nas infecções extremas.

Gripe

As três doenças já citadas, que são originárias por diferentes tipos de coronavírus, se parecem muito, principalmente nos sintomas, como uma gripe comum. Só que essas semelhanças acabam justamente nos sintomas, porque a gripe, como a influenza (H1N1), é causada por uma outra família de vírus, a Orthomyxoviridae.

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Quanto à sua ação, a gripe costuma ser sazonal, ou seja, em determinadas épocas do ano, acomete grande parcela da população. Mesmo diferentes, os vírus da gripe também foram conhecidos por epidemias e até mesmo pandemias. É o caso da gripe suína, da gripe aviária e da gripe espanhola. Foi por esta última, em 1918, que o Brasil entrou em situação de quarentena pela última vez.  

Fonte: CDC e Organização Mundial da Saúde (1), (2), (3)