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Álcool gel e lavar as mãos são mesmo eficazes no combate ao novo coronavírus?

Por| 10 de Março de 2020 às 14h55

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Alexander Raths/Shutterstock
Alexander Raths/Shutterstock

A epidemia do novo coronavírus está deixando cada vez mais países preocupados. No Brasil, são 25 casos confirmados do SARS-CoV-19 e mais de 900 casos suspeitos da COVID-19, segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Mesmo que o país não passe por uma epidemia, algumas medidas básicas de higiene, como manter as mãos limpas — usando álcool em gel ou a boa e velha combinação de água e sabão —, podem fazer uma enorme diferença para a sua imunidade, deixando esse vírus o mais distante possível de você.

Bem simples, lavar as mãos é algo que as crianças costumam ouvir muito durante a infância, principalmente depois de um passeio ou antes de uma refeição. No entanto, esse ainda é um hábito com poucos adeptos na vida adulta. Isso porque, de acordo com uma pesquisa da Universidade Emory, nos Estados Unidos, apenas 19% das pessoas lavam as mãos depois de utilizar o banheiro e, muito provavelmente, esse quadro se repete em outras situações cotidianas.

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Mãos limpas

Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel são medidas básicas na prevenção da COVID-19, de acordo com o Ministério da Saúde, ao lado de orientações como não compartilhar objetos pessoais e cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir. Além de manter os ambientes ventilados, por exemplo.

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Afinal, por que são medidas tão importantes? Manter as mãos limpas ajuda a impedir a propagação de uma grande variedade de micróbios causadores de doenças. Aliás, é um procedimento que funciona para conter várias doenças tanto quando se está doente (para não propagar o vírus) quanto para quem está evitando pegar alguma infecção (para se proteger).

Como age o álcool gel?

A enfermeira Juliana Gomes explica: "O álcool em gel funciona muito bem na eliminação do novo coronavírus tanto nas mãos, quanto em superfícies, mas é preciso se atentar para que o produto seja um álcool com concentração de 70% ou mais."

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Com função antisséptica, o álcool ataca a parede celular do agente infeccioso e desestrutura as proteínas ou lipídios que o revestem. No entanto, só são eficientes para desinfetar uma superfície (ou a pele humana) do novo coronavírus o álcool 70% e suas versões mais concentradas — produtos em que pelo menos 70% de sua composição seja álcool e os outros 30% se dividem entre porções de água e espessante, que o transforma em gel.  

Quanto a preferência e até mesmo maior procura pelo álcool 80%, por exemplo, a enfermeira Gomes explica que "mesmo que existam, no mercado, alguns tipos de álcool com uma porcentagem maior, eles apresentam uma eficácia semelhante, mas costumam ressecar a mão do usuário." 

Por conta de sua eficiência, o álcool em gel também é indicado para desinfetar utensílios pessoais de usos mais variados, como facas, garfos e copos, mas também maçanetas, telas de celular e até mesmo o mouse, quando seu uso é compartilhado.

Quanto ao álcool em gel em versões caseiras, Gomes é categórica ao afirmar que "não devem ser utilizadas, porque a produção desses produtos deve seguir a regulamentação da Anvisa, com um químico responsável. Só assim é possível garantir sua eficácia." Além disso, não é indicado o uso do produto quando não estiver transparente, e não opaco.

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Vale lavar as mãos com água e sabão?

Gomes explica que "esse novo coronavírus também pode ser eliminado com o uso de água e sabão, em uma lavagem completa." Para isso, são necessários cerca de 20 segundos de lavagem, em que o usuário deve esfregar bem as mãos e limpar entre os dedos e as unhas, em um processo que independe do tipo de sabão.

Fisicamente, lavar as mãos com água e sabão remove os micróbios. Isso porque o sabão é capaz de quebrar óleos e a sujeira da superfície, incluindo a pele humana, junto ao atrito do movimento de esfregar. Dessa forma, é um método tão eficiente quanto o uso do álcool gel para evitar a disseminação do SARS-CoV-19. 

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Quanto ao uso de vinagre para o combate do vírus, como vem sendo divulgado em algumas correntes de WhastApp, Gomes comenta que tal medida não promove a eliminação do novo coronavírus e se trata de mais uma fake news.

Fonte: Com informações de Popular Science