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Qual a diferença entre cura e remissão do câncer?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 31 de Maio de 2023 às 16h36

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Durante o tratamento oncológico, como um câncer no estômago, é normal que os pacientes e familiares escutem expressões como “cura” e “remissão”. Se o tratamento for bem sucedido, o médico deve afirmar que o tumor entrou em remissão, podendo ser uma remissão completa ou parcial. Passados alguns anos da terapia, é possível falar em cura do câncer, ou seja, quando não há mais sinais e nem risco do tumor para o organismo.

Conhecer a diferença entre cura e remissão do câncer é bastante importante, já que ambas as expressões retratam o melhor prognóstico (resultados do tratamento) oncológico. A questão é ainda mais importante no Brasil, onde há tendência de aumento nos casos da doença. Por ano, são registrados mais de 700 mil novos cânceres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Câncer: cura ou remissão?

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O câncer está em remissão quando não há mais vestígios e nem sinais da doença, após o tratamento oncológico e uma série de testes (exames clínicos, de sangue e de imagem), segundo o National Cancer Institute (NCI), dos Estados Unidos. Nesses casos, a equipe médica afirma que o paciente está em remissão completa.

A questão é que, quando o assunto é câncer, a doença pode não ser facilmente combatida. Isso significa que, após um tratamento que demonstrou ser eficaz, algumas células cancerígenas podem ter escapado e a doença reincidir de forma oportuna. Por isso, a cura não é declarada imediatamente.

"Se você permanecer em remissão completa por 5 anos ou mais, alguns médicos podem afirmar que você está curado”, aponta o NCI. A regra geral dos 5 anos existe, porque a maioria dos casos reincidentes de câncer ocorrem nos primeiros anos do tratamento. Apesar disso, o monitoramento regular, cada vez em intervalos mais longos, deve continuar conforme a orientação médica.

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Remissão completa ou parcial do câncer?

Pensando na remissão, ainda existem dois estágios: a remissão completa e a parcial. Basicamente, quando é completa, significa que não há mais sinais detectáveis do câncer no organismo do paciente.

Só que há também a possibilidade de ela ser parcial. Isso significa que o câncer diminuiu ou parou de crescer em resposta ao tratamento. Em termos técnicos, o tumor ou as células cancerígenas precisam ter uma redução de pelo menos 50%, sem sinais de crescimento.

“A remissão pode durar meses, anos ou o resto da vida”, afirma a Cleveland Clinic, em artigo. “A remissão pode não significar que você está livre do câncer (curado), mas é um ponto de virada importante no tratamento do câncer”, acrescenta. Por isso, é importante seguir com o acompanhamento médico.

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Terapia CAR-T Cell e a remissão completa

Cientistas brasileiros estão usando uma nova terapia celular, a CAR-T Cell, no tratamento de casos graves de leucemia e linfoma. Por enquanto, os resultados são bastante promissores nos 14 pacientes, já que o tratamento provocou a remissão completa da doença na maioria dos casos. No entanto, a técnica ainda é muito nova para se falar em cura do câncer. No decorrer dos anos, a equipe irá estabelecer melhor os efeitos da proposta terapêutica e o risco de reincidência. Neste futuro, a terapia poderá significar uma revolução nos prognósticos da doença.

Fonte: INCANCI e Cleveland Clinic