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Adenocarcinoma no intestino: entenda este tipo de câncer

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Spectral/Envato
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O câncer de intestino, também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, é um dos tipos mais comuns de câncer no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Nesta semana, a cantora Preta Gil, de 48 anos, anunciou que foi diagnosticada com adenocarcinoma no intestino. Anteriormente, a doença também afetou os ex-jogadores de futebol Pelé e Roberto Dinamite.

Em post nas redes sociais, a cantora Preta Gil conta que foi internada em um hospital do Rio de Janeiro, após sentir fortes dores abdominais. Depois de uma série de exames médicos, foi diagnosticada com um tipo de câncer, o adenocarcinoma na porção final do intestino.

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"Inicio meu tratamento já na próxima segunda-feira e conto com a energia de todos para seguir tranquila e confiante", escreveu", afirma a cantora. Segundo Preta Gil, o início do tratamento deve ser imediato — afinal, quando descoberto nas fases iniciais, este tipo de câncer têm altas chances de cura.

Quando um caso de câncer recebe o nome de adenocarcinoma?

Embora a expressão adenocarcinoma possa soar estranha, esta é a classificação oficial do tipo de tumor, baseada no tecido de origem do câncer. "Nos tumores malignos, considera-se a origem embrionária dos tecidos de que deriva o tumor" para a definição do nome, explica o Inca sobre a nomenclatura.

De forma geral, os tumores malignos originados no tecido epitelial, são denominados carcinomas. Quando "o epitélio de origem é glandular, passam a ser chamados adenocarcinoma", acrescenta o instituto. Em outras palavras, este nome é usado para todo tipo de câncer que se origina em um tecido epitelial que contém glândulas.

Neste ponto, adenocarcinomas podem ocorrer em diferentes órgãos e regiões do corpo humano, como:

  • Estômago;
  • Intestino — o tipo identificado na cantora Preta Gil;
  • Pâncreas;
  • Próstata;
  • Mama.

Incidência no Brasil do câncer de intestino diagnosticado na Preta Gil

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De acordo com levantamento do Inca, o câncer de intestino é o quarto tipo mais comum entre os brasileiros. No ranking nacional, o câncer de pele não melanoma, o câncer de mama feminina e o câncer de próstata configuram, respectivamente, as três primeiras posições.

Apenas em 2022, foram estimados 45,6 mil novos casos do câncer de intestino no Brasil, sendo 21,9 mil em homens e 23,6 mil em mulheres. Neste período, foram contabilizados 20,2 mil mortes em decorrência do tumor, sendo 9,8 mil em homens e 10,3 mil em mulheres.

Principais causas e sintomas de adenocarcinoma no intestino

Embora seja um dos tipos mais comuns de câncer no Brasil, não é possível estimar a origem da maioria de casos de adenocarcinoma no intestino. No entanto, existem alguns fatores de risco que podem aumentar a probabilidade um indivíduo desenvolver este tipo de tumor, como:

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  • Consumo excessivo de carnes vermelhas;
  • Consumo excessivo de carnes processadas, como bacon, presunto, mortadela, salame e peite de peru;
  • Alimentação pobre em fibras, como verduras;
  • Excesso de gordura corporal;
  • Fumo;
  • Ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.

Sintomas do câncer de intestino

Da mesma forma que é difícil identificar a causa, o câncer de intestino não está associado a um único sintoma. Na verdade, um conjunto de sinais e sintomas podem indicar a doença no organismo, como:

  • Sangue nas fezes;
  • Mudanças no funcionamento do intestino;
  • Dor abdominal;
  • Massa (tumoração) abdominal;
  • Fraqueza e anemia;
  • Perda de peso sem causa aparente.
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Aqui, é importante destacar que não é porque um paciente relata estes sintomas que ele está, de fato, com câncer de intestino. Na verdade, este mesmo quadro pode ser causado por outras doenças, sendo importante e fundamental a investigação por um médico, especialmente se os problemas forem duradouros.

Qual a chance de cura do câncer?

O adenocarcinoma no intestino "é tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos", afirma o Inca. O desafio no tratamento é maior quando o diagnóstico ocorre no momento que a doença já entrou em metástase.

Para tratar a doença, a equipe médica responsável pelo paciente pode adotar diferentes estratégias, como a remoção de parte do intestino afetada e dos gânglios linfáticos do abdômen. Em paralelo, o indivíduo pode passar "por sessões de radioterapia (uso de radiação), associada ou não à quimioterapia (uso de medicamentos), para diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor", explica o Inca.

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Em caso de suspeitas de câncer de intestino, desconforto abdominal ou dúvidas sobre a doença, um médico deve ser consultado. O diagnóstico da doença e o tratamento adequado são individuais.

Fonte: Inca (1) e (2)