Por que a produção da vacina CoronaVac está parada no Brasil?

A produção de novas doses da vacina CoronaVac contra a covid-19 está parada, mas isso não significa uma suspensão ou descontinuação da fórmula. De acordo com o Instituto Butantan, a fabricação de novas doses do imunizante contra o coronavírus SARS-CoV-2 é feita sob demanda.

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Por enquanto, o Ministério da Saúde ainda não firmou novos contratos para a compra de doses adicionais da vacina CoronaVac, mas isso pode mudar em breve. Os responsáveis pela fórmula pretendem solicitar o registro definitivo do imunizante junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em julho. Também está em análise um pedido para uso da fórmula em crianças de 3 a 5 anos.

Para além da CoronaVac, as outras três vacinas em uso contra a covid-19 no Brasil — Pfizer, AstraZeneca/Fiocruz e Janssen — já obtiveram o registro com a Anvisa.

Como funciona a produção da CoronaVac?

"A produção da CoronaVac no Butantan não foi suspensa. Todos os imunobiológicos fabricados pelo Instituto são produzidos por encomenda", afirma o Instituto, em comunicado. Para justificar a posição, ainda explica que as 110 milhões de doses, entregues para a Saúde entre 2021 e 2022, foram fabricadas por causa da "compra do governo federal dessa quantia".

Novas demandas pela fórmula?

Segundo o Butantan, já foram enviados ofícios ao Ministério da Saúde oferecendo a vacina, mas "o governo optou por não fazer novas aquisições". Caso haja interesse, as fábricas poderão "reiniciar a produção da vacina imediatamente".

Vacina ainda não tem registro definitivo

Um dos entraves para o uso do imunizante nacionalmente é a falta de registro definitivo, já que as outras fórmulas disponíveis no mercado contam com esta aprovação. A expectativa é que a licença ainda seja obtida e que o imunizante possa ser usado como dose de reforço.

"O Butantan continua trabalhando ativamente para a obtenção do registro definitivo da CoronaVac, que deve ser solicitado na primeira quinzena de julho", explica.

Vale para a dose de reforço contra covid?

Para comprovar a eficácia como dose de reforço, o Butantan deve compartilhar com a Anvisa os dados do Projeto S, realizado na cidade de Serrana. No município do interior de São Paulo, a maioria da população recebeu CoronaVac tanto no esquema vacinal primário, quanto na dose de reforço.

"A eficácia e eficiência da vacina do Butantan na dose de reforço ou terceira dose já foi comprovada cientificamente em diversos estudos realizados na China, na Turquia, no Chile e em outros países, com crianças, jovens, adultos, idosos, pessoas com comorbidade e outras imunossupressões", completa.