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Casos pediátricos de COVID-19 explodem nos EUA; de quem é a culpa?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Setembro de 2021 às 21h15

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Andrea Piacquadio/Pexels
Andrea Piacquadio/Pexels

Embora os Estados Unidos mantenham estoques de vacinas contra a COVID-19 para a sua população, a taxa de vacinação no país ainda é baixa. Em paralelo, o número de surtos de infecções pelo coronavírus SARS-CoV-2 ainda estão em alta e, nas últimas semanas, há uma proporção crescente de crianças e adolescentes infectados. Por fim, o início do ano letivo se aproxima em todo o país.

Atualmente, as crianças e adolescentes representam 26,8% dos casos semanais da COVID-19 nos EUA. Há duas semanas, entre os dias 19 de agosto e 2 de setembro, houve um aumento de 10% no número acumulado de casos da doença em crianças desde o início da pandemia, segundo levantamento da Academia Americana de Pediatria (AAP).

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Do outro lado, as taxas de imunização das pessoas com mais de 12 anos — a idade em que se inicia a vacinação contra a COVID-19 — está estagnada. Segundo a plataforma Our World in Data, cerca de 53% dos norte-americanos estão completamente imunizados. Para o controle da transmissão, estudos apontam para a importância desse número chegar a 75%. Além disso, em regiões onde a vacinação é menor, casos pediátricos crescem mais.

Receio na volta das aulas presenciais

De acordo com o infectologista e conselheiro do presidente Joe Biden, Anthony Fauci, não deve haver um grande aumento de casos pediátricos com o início do ano letivo, "se fizermos direito". Por fazer direito, o conselheiro destaca: "Temos que estimular o uso de máscaras no sistema escolar, além de cercar as crianças de pessoas vacinadas”. Para o especialista, "essa é a solução".

"Esses pequeninos não têm a escolha de tomar a vacina. Depende de nós", defendeu o governador de Minnesota, Tim Walz, durante um evento de volta às aulas, nesta quarta-feira (8). "Você não os deixaria correr pela rua sem olhar, você certamente não os colocaria em uma sala de aula lotada sem uma máscara", acrescentou o político.

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Surtos de COVID em escolas com adultos não vacinados

Nas escolas públicas do condado de Miami-Dade, na Flórida, 13 funcionários de escolas morreram em decorrência da COVID-19 nos últimos 25 dias, segundo levantamento do sindicato local de professores. O grupo de pacientes que foram a óbito era composto por quatro professores, um monitor de segurança, um funcionário do refeitório e sete motoristas de ônibus escolar. Em comum, nenhum deles escolheu se imunizar contra o coronavírus.

Como a obrigatoriedade de vacinas são ilegais na Flórida, foram definidos benefícios para os professores e profissionais da edução que se imunizarem na região, como vales de US$ 275 (cerca de 1,4 mil reais) para quem apresentar comprovante de vacinação contra a COVID-19.

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Em maio deste ano, um caso de uma escola ficou famoso na Califórnia — outro estado dos EUA — por demonstrar a importância do uso de máscaras e da imunização. Uma professora foi infectada com a variante Delta e disseminou o vírus para 12 crianças (metade da classe). Às vezes, a professora tirava a máscara para falar e ainda não fora vacinada. Desde então, a Califórnia exige vacinas para professores.

Principalmente nas escolas do Sul dos EUA, onde a porcentagem da população vacinada é mais baixa, já foi observada uma explosão de casos da COVID-19 em crianças com as aulas presenciais. Agora, médicos e especialistas alertam que isso pode acontecer novamente quando os alunos, em grande parte do resto do país, retornarem para as escolas.

Fonte: CNN