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Pfizer elege cidade brasileira para avaliar eficácia da vacina no "mundo real"

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Outubro de 2021 às 13h20

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Para medir a efetividade da vacina de mRNA (RNA mensageiro) da Pfizer/BioNTech, um novo estudo brasileiro irá vacinar todos os moradores com mais de 12 anos de Toledo, cidade do Paraná, que ainda não foram imunizados. Além disso, os casos locais da covid-19 serão monitorados. O novo estudo planeja entender o quão bem e por quanto tempo a fórmula funciona contra o coronavírus SARS-CoV-2.

O estudo é liderado pelo Hospital Moinhos de Vento e pela Pfizer Brasil, em parceria com o Programa Nacional de Imunização, a Universidade Federal do Paraná e a Secretaria de Saúde de Toledo. De forma observacional, a pesquisa analisará os impactos da vacina em prevenção de casos sintomáticos, reinfecção, internações, mortes, efeitos adversos da fórmula e casos de pós-covid.

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A partir de agora, as vacinas da Pfizer é que serão fornecidas para a população local com mais de 12 anos, o que garantirá que uma porcentagem ainda maior dos moradores de Toledo tenham recebido o imunizante.

Entenda o estudo

Liderado pelo pesquisador e médico intensivista Regis Goulart Rosa, o estudo deverá recrutar cerca de 4,5 mil voluntários, dos quais aproximadamente 1,5 mil serão acompanhados durante um ano. O recrutamento será feito conforme as pessoas procuram os serviços de saúde, desde que relatem sintomas gripais (suspeita de covid). Nesses casos, elas serão convidadas a integrarem a pesquisa.

A partir de um termo de consentimento, os pesquisadores classificarão os voluntários entre os que testarem positivo para a infecção (grupo casos) e os negativos (grupo controle). “Informações quanto ao estado vacinal destes participantes permitirão a avaliação da efetividade e segurança da vacina em curto, médio e longo prazo”, explicou Regis, em nota.

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“Um dos nossos objetivos é avaliar o impacto da vacinação em massa para covid-19 com a ComiRNAty [vacina da Pfizer/BioNTech] em desfechos relevantes e em um contexto de alta prevalência de variantes preocupantes de SARS-CoV-2, como é o caso das variantes Gama (P.1) e Delta. A pesquisa deve nos ajudar a entender a efetividade da vacinação para covid-19 em nosso meio, contribuindo para o desenvolvimento de políticas de imunização baseadas em evidências locais e de alta qualidade”, completa o médico.

Efetividade: a eficácia no mundo real

Com os resultados do estudo, será compreendido a efetividade da vacina contra a covid-19 — em outras palavras, a taxa de eficácia medida na vida real. Nestes casos, a resposta ao imunizante deve ser observada num grupo heterogêneo de pessoas, com as mais diversas condições de saúde e idade, por exemplo. Dessa forma, os dados obtidos serão mais realistas do que os até agora obtidos, exclusivamente, para a população brasileira.

Vale lembrar que estudos que avaliam a utilização da vacina na vida real já são feitos em todo mundo e são necessários para o desenvolvimento de estratégias públicas para o controle da pandemia. No Brasil, um dos mais conhecidos é o da cidade de Serrana, no interior de São Paulo. Na região, o Instituto Butantan vacinou toda a cidade com a fórmula da CoronaVac e observou queda significativa na transmissão e no número de hospitalizações, após imunizar pelo menos 75% da população local.