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Pele artificial ajuda a regenerar e cicatrizar feridas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Outubro de 2023 às 11h11

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Mehaniq41/Envato
Mehaniq41/Envato

Na última quarta-feira (4), uma equipe de cientistas publicou a descoberta de uma pele bioimpressa, capaz de regenerar e ajudar na cicatrização de feridas. O estudo, conduzido em porcos, foi descrito na revista Science Translational Medicine.

Para imprimir a pele artificial, a equipe usou seis tipos diferentes de células da pele humana. O material foi transplantado em porcos com lesões cutâneas e os enxertos de pele atingiram rapidamente os vasos sanguíneos. Além disso, ajudaram a moldar o colágeno em uma estrutura semelhante à pele natural.

A pele apresentava todas as três camadas presentes no tecido humano normal: epiderme, derme e hipoderme. Para fabricá-la, a equipe utilizou um software para direcionar a colocação das células em cada camada.

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Como primeiro passo, a equipe suspendeu as células em um hidrogel feito principalmente de uma proteína secretada pelo fígado. Ao contrário dos materiais sintéticos, a base produzida pelo corpo aumenta a biocompatibilidade. A equipe então imprimiu um enxerto de pele em 3D, camada por camada.

A pele bioimpressa manteve suas três camadas por pelo menos 52 dias em laboratório e desenvolveu áreas com pigmentação e descamação normal.

Testes da pele artificial

A princípio, a equipe testou em seguida a pele artificial em ratos. Todas as feridas tratadas com enxertos de pele artificiais cicatrizaram completamente em duas semanas, ao contrário daquelas tratadas apenas com hidrogel ou deixando a ferida cicatrizar naturalmente.

Mas os ratos têm pele mais fina que os humanos, diferente da pele dos porcos, que está bem mais próxima do ser humano — não é à toa que os transplantes com órgãos de porcos estão muito em alta —, por isso a equipe ampliou também testou nesses animais.

Tal como os resultados em ratos, os enxertos fecharam rapidamente grandes feridas sem o efeito de “enrugamento”, onde a pele se contrai como uma uva se transforma numa passa. A conclusão é que o enxerto amplificou genes responsáveis ​​pela cicatrização de feridas, regulando respostas imunológicas que ajudam a desenvolver novos vasos sanguíneos e reduzir cicatrizes.

No entanto, o grupo afirma que, quando enxertada em porcos, a pele artificial não produziu pigmentação de forma confiável, o que é um problema a ser resolvido a longo prazo. Os enxertos também não produziram pelos corporais.

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Pele artificial

No começo deste ano, bioengenheiros da Columbia University desenvolveram uma pele artificial impressa em 3D sob a premissa de obter resultados melhores em enxertos. Na ocasião, os testes também foram feitos com camundongos, e a tecnologia foi enxertada com sucesso.

Fonte: Science Translational Medicine