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Novo adesivo administra medicamentos através da pele

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Diana Polekhina/Unsplash
Diana Polekhina/Unsplash

Em estudo publicado na revista científica Advanced Materials no último mês de março, cientistas do MIT descreveram a descoberta de um novo adesivo capaz de administrar medicamentos através da pele. Na prática, a tecnologia aplica ondas ultrassônicas à pele, criando pequenos canais pelos quais os medicamentos podem passar. A promessa é que o processo é indolor.

Conforme sugerem os próprios autores do artigo, a nova tecnologia pode servir para a entrega de tratamentos para uma variedade de condições de pele, mas também pode ser adaptada para administrar hormônios, relaxantes musculares e outras medicações.

“Fornecer medicamentos dessa maneira pode oferecer menos toxicidade sistêmica e é mais local, confortável e controlável”, defendem os pesquisadores. O grupo acrescenta que, com a administração oral de um medicamento, é necessário uma dose muito maior, para compensar a perda que teria no sistema gástrico. Através da pele, tudo é muito mais direcionado e focado.

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Os cientistas relembram que a exposição ao ultrassom aumenta a permeabilidade da pele a substâncias de moléculas pequenas, mas a maioria das técnicas requer equipamentos volumosos, então a ideia era encontrar uma maneira de realizar esse tipo de administração transdérmica de medicamentos com um dispositivo leve, que pudesse facilitar o uso em diversas aplicações.

O adesivo é feito de um polímero à base de silicone que pode aderir à pele sem fita adesiva. No estudo em questão, os pesquisadores testaram o dispositivo fornecendo uma vitamina B chamada niacinamida, um ingrediente de muitos protetores solares e hidratantes.

Não é de hoje que pesquisadores se concentram em desenvolver adesivos que possam suprir determinadas necessidades do ser humano, no que diz respeito à saúde. Anteriormente, uma equipe do próprio MIT criou uma impressora de vacinas, capaz de gerar adesivos de microagulhas. A tecnologia pode produzir centenas de doses.

Fonte: Advanced Materials via MIT News