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OMS estima 14,8 milhões de mortes associadas à pandemia da covid-19

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Twenty20photos/Envato Elements
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Oficialmente, o mundo registrou 5,4 milhões de mortes em decorrência da covid-19 nos dois primeiros anos da pandemia, 2020 e 2021. No entanto, um novo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta para um problema ainda mais grave. O estudo revela que 14,8 milhões de óbitos foram associados com o coronavírus SARS-CoV-2.

"Estimamos 14,83 milhões de mortes em excesso globalmente [entre 2020 e 2021]. São 2,74 vezes mais mortes do que os 5,42 milhões relatados em decorrência da covid-19 no período", afirma o relatório da OMS, publicado na revista científica Nature.

Vale observar que outros estudos já apontavam para o problema das subnotificações das mortes na pandemia e do impacto no sistemas de saúde de todo o mundo. Por exemplo, em março deste ano, uma equipe internacional de pesquisadores estimou que, no mesmo período, teriam ocorrido 18 milhões de mortes. Este estudo foi publicado na revista The Lancet.

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Subnotificação das mortes da covid-19 no mundo

"As estatísticas sobre a mortalidade da covid-19 são problemáticas em muitos países devido a variações no acesso a testes, capacidade de diagnóstico e certificação inconsistente da covid-19 como causa de morte", explica o relatório da OMS em relação ao número tão alto de subnotificações.

Dessa forma, os cientistas buscaram estratégias para calcular as mortes em excesso. Basicamente, a fórmula consiste em comparar o número de óbitos esperado para determinado momento e com o número, de fato, observado na pandemia da covid-19. Esta diferença recebe o nome de excesso de mortes.

Fato importante é que esta estratégia permite calcular também o número de pessoas que morrem em consequência do colapso do sistema de saúde, provocado pela covid-19. Nessas condições, a pessoa tem mais dificuldade em tratar e ser diagnosticado, tanto para a covid-19 quanto para outras doenças. No Brasil, um dos exemplos mais graves de colapso foi o observado em Manaus, em janeiro de 2021.

Fonte: Nature e The Lancet