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Vírus EEE | Entenda a doença que está fechando parques nos EUA

Por  • Editado por Luciana Zaramela |  • 

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The Connecticut Agricultural Experiment Station/CDC
The Connecticut Agricultural Experiment Station/CDC

Transmitida pela picada de mosquito, a encefalite equina do leste (EEL ou EEE, em inglês) já foi identificada em cinco estados dos EUA neste ano. A doença é rara, mas apresenta elevada taxa de letalidade. É calculada em cerca de 30%, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Buscando evitar a transmissão do vírus EEE, capaz de causar danos neurológicos permanentes, áreas de alto risco decidiram manter parques fechados após o entardecer, quando os vetores estão mais ativos.  

"Os parques e campos públicos da cidade de Plymouth fecharão diariamente do anoitecer até o amanhecer", afirma comunicado da cidade, localizado no estado de Massachusetts. Inclusive, placas estão sendo colocadas para avisar os visitantes dos riscos associados ao vírus EEE. Pulverização de inseticidas também está previsto.

Diferente do que se pode imaginar, a cidade de Plymouth adotou todas essas medidas preventivas, após detectar o vírus EEE em cavalos. Em paralelo, mosquitos infectados pelo patógeno foram encontrados em áreas vizinhas. Até o momento, nenhum humano foi diagnosticado por lá.

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As medidas de proteção estão associadas com os aprendizados durante o último grande surto no estado, entre 2019 e 2020, quando 17 pessoas adoeceram, incluindo sete óbitos. 

Fora da Plymouth, mortes já foram confirmadas no país neste ano. Inclusive, foi notificado o óbito de um paciente com 41 anos no estado de New Hampshire, nesta semana.

O que é o vírus EEE?

Para entender o vírus EEE, o nome vem da doença conhecida, em inglês, como eastern equine encephalitis. Por isso, o triplo E. Este é um vírus de RNA do gênero Alphavirus, transmitido por mosquitos.  

Originalmente, o vírus circula em pássaros, mas pode chegar até diferentes espécies por causa da picada de mosquitos, como cavalos e os humanos. Nesses casos, o maior risco à vida envolve as complicações neurológicas.

Transmissão do EEE por mosquitos

O vírus da encefalite equina pode ser transmitido por diferentes mosquitos, após contraírem a infecção de aves. Entre os possíveis vetores, o CDC destaca os mosquitos dos gêneros Aedes, Coquillettidia e Culex. No entanto, outras espécies também podem estar envolvidas na transmissão da doença, como o Culiseta melanura.

Sintomas da encefalite equina do leste

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Segundo o CDC, a maioria das pessoas picadas por mosquitos contendo o vírus EEE não vai desenvolver sintomas da doença. Para os casos sintomáticos, o tempo de incubação varia de quatro a 10 dias.

Nesses pacientes com sintomas, a doença pode evoluir de duas formas. Um dos possíveis quadros é caracterizado apenas por febre, calafrios e dores no corpo e nas articulações. Em cerca de duas semanas, a pessoa já está recuperada e não há complicações envolvendo o sistema nervoso central.

O segundo possível quadro desencadeado pelo vírus EEE é mais grave, já que é marcado por complicações neurológicas. Aqui, o paciente pode apresentar meningite (inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal) ou encefalite (inflamação do cérebro). Febre, dor de cabeça, vômito, diarreia, convulsões, alterações comportamentais, sonolência e coma são sintomas esperados.

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Em relação aos cinco casos já notificados nos EUA da encefalite equina, todos os pacientes evoluíram para essa versão mais grave da doença, com comprometimento neurológico. 

Formas de proteção contra EEE

Até o momento, a ciência não desenvolveu vacinas e nem remédios específicos para combater a doença. Então, os melhores meios de proteção envolvem o uso de repelentes e adequar o vestuário (com camisetas com mangas e calças compridas) em áreas de risco. O fechamento de parques é outra estratégia complementar adotada nos EUA.

Fonte: CDC, Plymouth  

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