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Como vai ser a fórmula da vacina da gripe no Brasil em 2023?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Outubro de 2022 às 16h06

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Twenty20photos/Envato Elements
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A fórmula da vacina contra a gripe (influenza), aplicada gratuitamente no Brasil, é refeita todos os anos. A reformulação é importante, porque mantém o imunizante o mais atualizado possível para prevenir novos casos da doença e estimular o sistema imune dos vacinados. Como esperado, nesta quarta-feira (26), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) detalhou qual a composição da fórmula para 2023.

Inclusive, este caminho de atualizações anuais da vacina da gripe pode ser também, em breve, adotado para as campanhas de imunização contra a covid-19. Fora do Brasil, alguns países já aplicam uma nova geração de imunizantes, construída a partir de cepas emergentes, como a BA.4 e a BA.5 da Ômicron.

Por que a fórmula da vacina da gripe muda todo ano?

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Vale explicar que a mudança da composição de cepas — tipos de vírus — das vacinas da gripe é fundamental para manter a eficácia da vacina. Afinal, os agentes infecciosos sofrem diferentes tipos de mutações, enquanto se replicam, e isso reduz as defesas existentes do organismo e a qualidade da resposta dos imunizantes mais antigos.

Conforme explica uma das diretoras da Anvisa, Meiruze Freitas, "o uso das vacinas atualizadas é essencial para o controle da doença, ainda que outros fatores tenham que ser considerados, como o alcance de uma ampla cobertura vacinal, por exemplo".

A partir de doses atualizados dos imunizante, a ideia é "evitar um aumento de hospitalizações e mortes por influenza no país, uma vez que o seu controle se dá principalmente por meio da imunização promovida pelo Ministério da Saúde e, de forma complementar, pela oferta das vacinas pela rede privada", completa Freitas.

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Para o processo de atualização dos imunizantes, a Anvisa se baseia na composição recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para uso no hemisfério Sul. Posteriormente, os dados são analisados por cientistas brasileiros, buscando entender e validar as recomendações gerais.

Aqui, o objetivo final é definir, com o melhor nível de precisão, as cepas com maior probabilidade de circulação nos meses mais frios do ano no país. Em seguida, a definição é compartilhada com os fabricantes de vacinas e o processo de atualização da fórmula é iniciado.

Como vai ser a fórmula do imunizante em 2023?

No documento, a Anvisa destacou três possíveis fórmulas para as vacinas da gripe, que serão usadas no Brasil em 2023:

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1. Vacinas trivalentes produzidas a partir de ovos de galinha

As vacinas da gripe trivalentes, produzidas através de ovos de galinha, são as mais populares no Brasil. Isso porque é este modelo que é tradicionalmente aplicado no Sistema Único de Saúde (SUS). Para 2023, a Anvisa orienta que esta fórmula contenha as seguintes cepas:

  • Influenza A/Sydney/5/2021 (H1N1) pdm09;
  • Influenza A/Darwin/9/2021 (H3N2);
  • Influenza B/Áustria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria).

2. Vacinas trivalentes não baseadas em ovos

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Segundo a Anvisa, as vacinas da gripe não baseadas em ovos usam outras tecnologias durante a etapa de desenvolvimento, como o uso de cultura celular ou de estratégias recombinantes. Nestes casos, elas devem proteger contra:

  • Influenza A/Sydney/5/2021 (H1N1) pdm09;
  • Influenza A/Darwin/9/2021 (H3N2);
  • Influenza B/Áustria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria).

3. Vacinas quadrivalentes contra a gripe

Por fim, as vacinas quadrivalentes são as mais completas quando se fala na imunização contra a gripe. Isso porque protegem o indivíduo contra as quatro cepas listadas pela OMS e, não, apenas três. A seguir, confira a composição delas em 2023:

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  • Influenza A/Sydney/5/2021 (H1N1) pdm09;
  • Influenza A/Darwin/9/2021 (H3N2);
  • Influenza B/Áustria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria);
  • Influenza B/Phuket/3073/2013 (B/linhagem Yamagata).

Fonte: Anvisa