O que é metástase | Entenda como um câncer se espalha pelo corpo
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
No tratamento do câncer, um dos pontos críticos para recuperação do paciente é quando o tumor entra em metástase. Neste momento, as células cancerígenas se espalharam por outras partes do organismo, além do ponto de origem da doença. Por exemplo, o quadro se iniciou no pulmão, mas também chegou aos ossos e ao cérebro.
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Na maioria dos casos, quando o diagnóstico de metástase é confirmado, o paciente já não está no estágio inicial da doença. Isso porque o câncer evoluiu de tal maneira que as células cancerígenas começaram a se dispersar para outras partes do corpo, como os órgãos vizinhos.
Quando um tumor entra em metástase?
"Tumores malignos — ou seja, cânceres — têm a capacidade de invadir tecidos ao redor do local onde surgem. Algumas dessas células podem entrar na circulação sanguínea ou linfática e até mesmo se lançarem em cavidades, como, por exemplo, a cavidade peritoneal ou cavidade pleural", explica o médico oncologista Gélcio Mendes para o portal do Ministério da Saúde.
Para onde as células cancerígenas migrarem, novos tumores irão se formar no corpo humano. São os casos das metástases pulmonares, no fígado, nos ossos e no cérebro, por exemplo.
Quais órgãos são mais atingidos pela metástase?
"Cada tipo de tumor tem características de localização e comportamento diferentes, então podem produzir metástases em vários órgãos com frequências distintas", explica Mendes. A seguir, confira quais órgãos correm maior risco de serem afetados a partir de determinados tipos de cânceres:
- Câncer no pulmão: a metástase pode se espalhar pelos gânglios linfáticos, glândula suprarrenal, fígado, ossos e cérebro;
- Câncer do estômago e do intestino: gânglios linfáticos, fígado e peritônio;
- Câncer de próstata: gânglios linfáticos e ossos;
- Câncer de mama: gânglios linfáticos, fígado, ossos e pulmão;
- Câncer da tireoide: pulmão e ossos.
Câncer em metástase tem cura?
De forma geral, o médico explica que "a proposta de tratamento curativo [de metástase] é infrequente. Entretanto, grande progresso tem sido alcançado com a utilização de quimioterapia, hormonioterapia, imunoterapia e drogas-alvo". Em alguns casos, a radioterapia também pode ser feita para controlar sintomas, como uma dor óssea ou sangramento, mas as definições do tratamento sempre dependem da avaliação médica e são exclusivas para cada caso.
"Com esses tratamentos, em muitos casos, transformamos o câncer metastático em uma doença crônica, com uma longa evolução e a manutenção da qualidade de vida do paciente", completa o oncologista sobre as perspectivas para o tratamento do câncer, quando ele se espalhou pelo corpo humano.
Fonte: Ministério da Saúde