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Musculação ajuda a prevenir sintomas de Alzheimer

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Junho de 2023 às 16h52

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Lakobchuk/Envato
Lakobchuk/Envato

Um estudo conduzido por pesquisadores da Unifesp e da USP, e publicado na revista científica Frontiers in Neuroscience, conclui que fazer musculação pode prevenir sintomas de Alzheimer.Para a pesquisa, o grupo analisou roedores que possuem uma mutação responsável pelo acúmulo de placas beta-amiloide no cérebro, marcas típicas da doença.

Conforme aponta o artigo científico, tais proteínas se agrupam no sistema nervoso central, comprometem a transmissão de sinapses e causam danos aos neurônios. Para que o grupo pudesse observar os efeitos neuroprotetores da musculação, esses roedores foram treinados a fazer exercícios com propostas semelhantes aos de uma academia.

Após o treinamento, os cientistas coletaram amostras de sangue e analisaram os níveis de corticosterona (hormônio equivalente ao cortisol em humanos). O estudo permitiu notar a diminuição na formação de placas beta-amiloide, nos roedores que fizeram os exercícios.

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O estudo diz, então, que a atividade física pode reverter alterações neuropatológicas que causam os sintomas clínicos da doença. Logo, a musculação "se confirma cada vez mais como estratégia efetiva para evitar o surgimento dos sintomas de Alzheimer esporádico".

O que é Alzheimer?

Atualmente, muitos olhares estão voltados à prevenção da doença de Alzheimer. Empresas já começaram a testar uma potencial vacina contra a condição neurodegenerativa, e a Alzheimer's Association International Conference fez uma estimativa de que o número de casos de Alzheimer deve triplicar até 2050, com direito a 152 milhões de casos.

Os primeiros sinais e sintomas do Alzheimer estão associados com a memória do indivíduo. Assim, surge a dificuldade em fazer coisas cotidianas, como dirigir um carro, cozinhar uma refeição ou pagar contas.

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Os pacientes também fazer as mesmas perguntas repetidamente, perder coisas ou colocá-las em lugares estranhos e achar confusas até as coisas simples. À medida que a doença progride, algumas pessoas ficam preocupadas, zangadas ou violentas.

Exercícios previnem Alzheimer

Sabe o que acontece com seu cérebro enquanto você pratica atividade física? Estudos chegaram a apontar que o exercício induz um bom fluxo sanguíneo para fornecer todos os nutrientes necessários para realizar o trabalho do órgão, enquanto também aumenta a produção de moléculas importantes.

Outra teoria levantada pelos pesquisadores é que o exercício melhora a memória, ao aumentar os alvos moleculares, como o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF).

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Ainda, outra pesquisa destaca os benefícios dos exercícios físicos ao cérebro. A prática pode mudar a biologia do órgão e proteger a saúde mental. Tudo gira em torno de uma molécula chamada fator neurotrófico derivado do cérebro, que ajuda o órgão a produzir neurônios. Exercícios aeróbicos e treinos de alta intensidade aumentam significativamente os níveis dessas moléculas, e as mudanças estão no nível epigenético, o que significa que esses comportamentos afetam a forma como os genes são expressos, levando a mudanças nas conexões e funções neuronais.

Já um estudo publicado no periódico Journal of Neuroscience sugeriu que exercícios físicos protegem do Alzheimer, como é o caso da musculação, pois são capazes de alterar a atividade das células imunológicas do cérebro, o que reduz a inflamação. Para chegar a essa descoberta, os pesquisadores da Rush University (EUA) analisaram a rotina de exercícios e o cérebro post-mortem de 167 pessoas.

Fonte: Frontiers in Neuroscience, NIH