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Mpox: OMS declara fim da emergência global

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Maio de 2023 às 18h07

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National Institute of Allergy and Infectious Diseases/NIAID
National Institute of Allergy and Infectious Diseases/NIAID

Nesta quinta-feira (11), a Organização Mundial da Saúde anunciou o fim da emergência de saúde global causada pela Mpox, doença também conhecida como monkeypox. A medida foi tomada após meses de quedas sucessivas no número de novos casos, caracterizados pelas erupções na pele.

Considerando o período de emergência global da Mpox, entre julho do ano passado e este mês de maio, a OMS contabiliza mais de 87 mil casos oficiais e 140 mortes, provenientes de 111 países. O Brasil concentrou elevado número desses óbitos.

Apesar da melhora das estatísticas, o vírus da Mpox ainda circula e a questão não está controlada em todos os países, especialmente no continente africano, onde a doença é considerada endêmica.

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Queda de casos de Mpox no mundo

“Agora, vemos um progresso constante no controle do surto”, afirma Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, durante coletiva de imprensa. “Quase 90% menos casos foram relatados nos últimos três meses, em comparação com os três meses anteriores”, acrescenta.

Para Tedros, o sucesso no controle global da doença só foi possível com a união das organizações comunitárias e das autoridades de saúde pública, que, juntas, informaram as pessoas sobre o riscos da Mpox, encorajaram mudanças de comportamento e defenderam o acesso a testes, vacinas e tratamentos.

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“Embora o estigma tenha sido uma preocupação motriz na gestão desta epidemia e continue a dificultar o acesso aos cuidados para a Mpox, a temida reação contra as comunidades mais afetadas não se materializou”, acrescenta Tedros. Entre o grupo mais afetado, estiveram homens que fazem sexo com homens e pessoas que convivem com o HIV não tratado.

É o fim da monkeypox?

“Como no caso da covid-19, isso não significa que o trabalho acabou. A Mpox continua a representar desafios significativos de saúde pública que precisam de uma resposta robusta, proativa e sustentável”, avisa Tedros.

“O vírus continua afetando comunidades em todas as regiões, inclusive na África, onde a transmissão ainda não é bem compreendida”, detalhe sobre o atual cenário. Além disso, “existe um risco particular para pessoas que vivem com infecção por HIV não tratada”, pontua.

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Para garantir que a situação siga melhorando, a orientação da OMS é que os países continuem a disponibilizar testes para os possíveis casos de Mpox e que a doença seja integrada aos cuidados oferecidos pelos programas de saúde já existentes.

Nesse ponto, Tedros avisa que a organização “continuará a apoiar o acesso aos tratamentos à medida que mais informações sobre a eficácia das intervenções estiverem disponíveis".

Casos da Mpox no Brasil

Desde outubro do ano passado, os boletins epidemiológicos sobre a Mpox no Brasil se tornaram mensais. Então, a última atualização é da última semana de abril. Neste período, o país contava com 10.378 casos oficiais, sendo que 51 eram novos. Além dos já oficialmente confirmados, existiam 330 prováveis. Estes aguardavam os resultados de exames e a confirmação (ou não) do diagnóstico.

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No total, são 15 mortes confirmadas até o momento. Embora o número seja baixo, ele é bastante elevado para a Mpox. Afinal, no mundo, foram apenas 140 mortes. Isso significa que, durante a emergência de saúde global, 10,7% dos óbitos registrados foram notificados entre brasileiros.

Tem vacina contra Mpox para quais pessoas?

Apesar da alta incidência, o Brasil ainda conta com um baixo estoque da vacina Jynneos, da farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic. Neste contexto, optou-se por vacinar apenas os pacientes com casos graves de HIV (baixo número de linfócitos T CD4), profissionais de saúde que trabalham diretamente com o vírus e pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de doentes ou suspeitos. Neste último caso, a vacina deve ser aplicada em até 4 dias após o episódio de exposição.

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Até o momento, o Ministério da Saúde não anunciou a compra de novos lotes do imunizante, o que poderia garantir a cobertura vacinal para todos os pacientes imunossuprimidos. Em paralelo, doses da vacina não estão disponíveis em clínicas ou hospitais particulares.

Fonte: OMS e Ministério da Saúde