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Brasil começa vacinação contra monkeypox na segunda (13)

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Março de 2023 às 13h01

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SteveAllenPhoto999/Envato
SteveAllenPhoto999/Envato

Na próxima segunda-feira (13), o Brasil vai iniciar a campanha de vacinação contra a Mpox (monkeypox), doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos. Para proteger os grupos de risco, como indivíduos com HIV ou profissionais da saúde que trabalham com a análise de amostras, será usada a vacina Jynneos, produzida pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic.

Em informe técnico operacional, o Ministério da Saúde avisa que "há desabastecimento de doses de vacina a nível mundial". É neste contexto que o uso da Jynneos "tem como objetivo principal a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença, dentro do atual contexto de transmissão observada no País".

Vale destacar que, somando os acordos firmados para a compra do imunizante e as doses já entregues, a pasta considera que a campanha nacional de imunização contra Mpox poderá contar com 46 mil doses, aplicadas de forma 100% estratégica. Até o momento, não há previsão para a aquisição de mais doses.

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Quem pode tomar a vacina contra Mpox no Brasil?

A campanha de imunização contra a monkeypox focará em dois contextos: a imunização pré-exposição e a pós-exposição, com critérios diferentes para cada etapa. A seguir, confira quais grupos se enquadram em cada uma dessas possibilidades:

Caso de vacinação pré-exposição

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No pré-exposição ao vírus do grupo Orthopoxvírus, serão imunizadas:

  • Indivíduos que vivem com HIV: homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais, com 18 anos ou mais. Além disso, o status imunológico — identificado pela contagem de linfócitos T CD4 — deve ser inferior a 200 células nos últimos seis meses;
  • Profissionais da saúde que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), com idades entre 18 a 49.

Caso de vacinação pós-exposição

Após alguma caso de exposição, poderão ser imunizadas:

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  • Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alta. Estes indivíduos devem ter entre 18 e 49 anos, e precisam comparecer ao centro de vacinação em até 4 dias após a exposição.

Cabe especificar que aqueles que já foram diagnosticados com a Mpox não serão imunizados, considerando que já têm algum nível de proteção. Além disso, quem apresentar alguma lesão suspeita para a doença também não será imunizado, já que o objetivo é prevenção e, não, o tratamento do quadro. Por fim, quem tiver alguma alergia aos componentes da fórmula também não será vacinado.

São quantas doses da vacina para obter a imunização completa?

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Para obter o máximo de proteção e eficácia da fórmula contra a Mpox, é necessário que a pessoa tenha recebido duas doses da vacina Jynneos, administradas por via subcutânea. O intervalo entre as doses deve ser de quatro semanas (28 dias), segundo orienta o informe.

Pode tomar a vacina contra Mpox com outra?

No momento, o Ministério da Saúde não recomenda que a vacina contra a Mpox seja aplicada no mesmo dia que outra, como o reforço da covid-19 ou o imunizante contra a gripe (influenza). Isso porque ainda não foram realizados estudos de coadministração dos imunizantes. Dessa forma, o recomendado é esperar por um intervalo de 30 dias entre os diferentes imunizantes.

Onde vai acontecer a vacinação contra Mpox?

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Diferente das outras campanhas nacionais de imunização, em que as pessoas podem ser imunizadas na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa, a imunização contra a Mpox ocorrerá em pontos específicos a serem definidos em cada estado e município.

"Recomenda-se que os estados e municípios identifiquem serviços de referência para realização da vacinação", orienta a Saúde. Dessa forma, a melhor maneira de saber onde encontrar a vacina Jynneos é entrar em contato com alguma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) ou ainda com os Centros de Referência e Treinamento DST/Aids (CRT).

Casos e mortes por monkeypox no Brasil

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Até o dia 18 de fevereiro, o Brasil registrava 10,3 mil casos confirmados da Mpox, com 15 mortes. Nesta última atualização, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Recife e Manaus foram as cinco cidades que mais identificaram novos casos. No entanto, a Saúde explica que o número de novos casos da doença está em queda no país. Apesar disso, ainda é importante continuar a rastrear os casos confirmados e suspeitos, além dos contatos próximos.

Fonte: Ministério da Saúde