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Jynneos: vacina da varíola protege também contra a Mpox, revela estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Dezembro de 2022 às 10h40

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FabrikaPhoto/Envato
FabrikaPhoto/Envato

Cientistas norte-americanos confirmam que a vacina Jynneos, usada contra a varíola comum (smallpox) protege também contra a Mpox (antiga monkeypox). Em testes de laboratório, foi possível observar a produção de células de defesa eficazes contra os dois vírus, que são do mesmo gênero ortopoxvírus.

Publicado na revista científica Cell Host & Microbe, o estudo que mede a produção de células de defesa da vacina Jynneos, produzida pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, foi desenvolvido por pesquisadores do La Jolla Institute for Immunology (LJI), nos Estados Unidos.

Vacina Jynneos produz glóbulos brancos contra a Mpox

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Segundo os autores, este é o primeiro estudo a confirmar que a vacina Jynneos induz a produção de glóbulos brancos que podem atuar em eventuais infecções da Mpox. Para ser mais preciso, foram testadas as células T de memória.

Enquanto os anticorpos (proteínas) são fundamentais para medir eficácia da vacina e garantir a prevenção de reinfecções, as células T são essenciais tanto para prevenir infecções graves quanto para “lembrar” o sistema imunológico de infecções passadas.

“Vacinas, como a Jynneos, conseguem induzir a produção de células T que também reconhecem a Mpox e podem fornecer proteção contra doenças graves”, afirma Alessandro Sette, do LJI, em comunicado sobre os resultados promissores.

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Como funciona a vacina Jynneos no combate da varíola

Para entender, a vacina Jynneos contém o vírus vaccinia (Vacv), que foi enfraquecido (atenuado) em laboratório para se tornar incapaz de causar formas mais graves da doença. Como o Vacv também é do gênero ortopoxvírus, anteriormente, os pesquisadores confirmaram que ele poderia induzir a proteção contra a varíola. Agora, as primeiras evidências também indicam a imunização contra a Mpox.

“Ao reconhecer as células infectadas [pela varíola ou pela Mpox], as células T conseguem limitar a quantidade de vírus que podem se espalhar dentro do corpo, modular a gravidade da doença e, finalmente, acabar com a infecção”, detalha o pesquisador Grifoni.

“As respostas das células T também tendem a ser duradouras e resistentes a mutações virais para escapar do reconhecimento imunológico. O que vimos no contexto do SARS-CoV-2 é que, mesmo que o vírus sofra alguma mutação, a reatividade das células T ainda é amplamente preservada”, completa.

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Vale lembrar que o Brasil já recebeu as primeiras doses do imunizante. Desde outubro, o Ministério da Saúde possui um estoque limitado da Jynneos, estimado em 9,8 mil doses. Segundo a pasta, as vacinas serão usadas em um estudo clínico, mas ainda não foi detalhado quando este será iniciado.

Fonte: Cell Host & Mircobe e LJI