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Mortes por hepatites virais estão aumentando; são 3,5 mil por dia

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Abril de 2024 às 13h43

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NIAID/Unsplash
NIAID/Unsplash

No mundo todo,o número de óbitos relacionados às hepatites virais está aumentando, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta terça-feira (9). Por dia, a estimativa é que cerca de 3,5 mil pessoas morram em decorrência dos problemas no fígado provocados pela hepatite B e pela hepatite C. Hoje, a doença infecciosa mata tanto quanto a tuberculose.

Para chegar a esta conclusão, os cientistas da OMS coletaram dados de saúde em 187 países. No ano de 2022, o número total de mortes pelas formas crônicas de hepatite chegou a 1,3 milhão. Em 2019, foram 1,1 milhão de óbitos.

Apesar do recorde de óbitos, o número de novas infecções caiu. Em 2022, foram 2,2 milhões de casos da doença, contra 2,5 milhões contabilizados em 2019. O desequilíbrio é associado com a falta de acesso aos remédios, tratamentos e vacinas, quando disponíveis.

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“Este relatório apresenta um quadro preocupante: apesar do progresso global na prevenção de infecções por hepatite, as mortes estão aumentando, porque poucas pessoas com hepatite estão sendo diagnosticadas e tratadas”, afirma Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em nota. Com isso, o mundo se distancia da meta de eliminar as mortes por hepatites virais até 2030.

O que é hepatite?

De forma geral, a expressão hepatite é usada para descrever quadro de inflamação e danos ao fígado, como o problema causado pelo consumo excessivo de álcool. No caso das hepatites virais, o dano é provocado pelos vírus da hepatite A, B, C, D e E. Destes cinco, os mais graves são o B e o C.

Segundo a OMS, o vírus da hepatite B é responsável por 83% das novas infecções em todo o mundo. Já o vírus da hepatite C está relacionado com 17% das infecções. Sem tratamento, há aumento no risco de cirrose, câncer e insuficiência hepática.

Aumento de mortes por hepatites virais

No mundo, são 254 milhões de pessoas que vivem, de forma crônica, com a hepatite B. Além disso, outros 50 milhões de indivíduos convivem com a C. Metade desses pacientes têm entre 30 e 54 anos, e uma porcentagem significativa (12%) tem menos de 18 anos.

Apesar das duas doenças serem potencialmente mortais, há estratégias eficazes de combate. Por exemplo, existem vacinas contra a hepatite B, e já foram desenvolvidos medicamentos para tratar pacientes com hepatite B e C. 

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No entanto, falta acesso ao diagnóstico e a essas terapias em inúmeros países. Por exemplo, apenas 13% dos pacientes com hepatite B já foram diagnosticados, ou seja, a maioria convive com o vírus sem saber. Em relação à hepatite C, a situação melhora um pouco, com 36% conhecendo o diagnóstico.

Sistema de saúde na África e no Brasil

Um dos casos mais emblemáticos do problema das hepatites virais pode ser observado na África. O continente é responsável por 63% das novas infecções por hepatite B do globo, mas apenas 18% dos bebês são vacinados contra a doença, o que retroalimenta o ciclo da infecção. No Brasil, a vacina é gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS), prática que ainda precisa ser adotada nessas regiões.

Fonte: OMS