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Julho amarelo: o que é hepatite viral e como tratar?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Julho de 2021 às 14h25

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LightFieldStudios/envato
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Em 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a campanha Julho Amarelo, cujo objetivo é conscientizar a população a respeito das hepatites virais, além de acender um alerta sobre as formas de prevenção e incentivar as pessoas a se vacinarem contra as hepatites A e B e buscarem o diagnóstico precoce. Mas você sabe do que se trata, exatamente, a hepatite viral?

O que é hepatite viral

Basicamente, a hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por diversos fatores: vírus  — os principais são os vírus da hepatite A (HAV), hepatite B (HBV) e hepatite C (HCV) —, medicamentos, álcool e outras drogas, doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

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De acordo com a médica gastroenterologista do Hospital Santa Cruz, Daphne Benetti Morsoletto, as hepatites virais podem ser divididas em duas categorias.

  • Heptatites agudas: normalmente, é quando o contágio aconteceu nos últimos 30 dias e a apresentação é de início recente, com sintomas de fraqueza, mal-estar geral, náuseas, redução do apetite, desconforto abdominal e icterícia (coloração amarelada de pele e mucosas)
  • Hepatites crônicas: quando o contágio aconteceu há mais de 6 meses, neste caso os sintomas são muito discretos ou, mais frequentemente, inexistentes. O paciente até pode sentir algo inespecífico como fadiga crônica, porém o diagnóstico geralmente é feito por alterações de exames laboratoriais coletados de rotina.

O que causa a hepatite

A especialista destaca diferentes formas de contaminação,o que depende do tipo de hepatite, e conta que a hepatite A é prevenida com cuidados de higiene, principalmente alimentar, com saneamento básico, tratamento de água, lavar bem frutas e verduras e evitar banhos em águas contaminadas.

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Enquanto isso, a contaminação das hepatites B e C pode ocorrer quando em contato com sangue contaminado, compartilhando seringas, agulhas ou material para aspiração de drogas inaláveis (canudos de cocaína). A hepatite B pode ainda ser transmitida por via sexual, sendo de suma importância o uso de preservativos, alerta a médica especialista.

Hepatite tem cura?

A forma de prevenção também deve ser avaliada caso a caso, mas a maioria das hepatites tem cura. No caso da hepatite A, a cura é espontânea, não sendo necessário qualquer tratamento específico. Já hepatite C tem cura mediante a um tratamento supervisionado por médico, que dura em média três meses, usando medicamentos. A hepatite B, por sua vez, deve ser avaliada caso a caso.

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No entanto, a vacinação ainda é a principal forma de prevenção contra as hepatites A e B. Em criança, para a Hepatite A, são administradas duas doses com seis meses de intervalo, aplicadas entre um ano e três meses e cinco anos de idade. Para a Hepatite B, as aplicações são em quatro doses, uma já nos primeiros dias de vida e as posteriores aos dois, quatro e seis meses de idade.

Em adultos, a imunização da hepatite A é feita com duas doses. Em qualquer momento, o adulto que não foi vacinado na infância pode receber a proteção. A segunda deve ser tomada seis meses após a primeira. Para Hepatite B, são três doses: são três doses, para quem não tomou durante a infância ou nunca teve a doença. A administração da segunda dose deve ser feita um mês após a primeira e a terceira, seis meses após a segunda.

Vale ressaltar que existe ainda a versão combinada que imuniza os vírus das hepatites A e B, porém ainda não há vacina contra o tipo C. Por este motivo, segundo a especialista, a melhor forma de evitar o contágio é a prevenção.