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Microplásticos são encontrados no coração humano pela primeira vez

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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davidpereiras/envato
davidpereiras/envato

Em estudo publicado na revista Environmental Science & Technology, pesquisadores descreveram a descoberta de microplásticos no coração. É a primeira vez que a comunidade científica se depara com esse cenário. Para chegar a isso, os pesquisadores coletaram amostras de 15 pacientes submetidos a cirurgia cardíaca.

A equipe analisou as amostras com imagens infravermelhas diretas a laser e identificou partículas de 20 a 500 micrômetros de largura feitas de oito tipos de plástico.

O estudo não apenas indicou que alguns desses plásticos foram introduzidos durante a própria cirurgia, como também destacou evidências de que os plásticos foram incorporados aos tecidos antes que os pacientes fossem colocados na mesa de operações.

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Na prática, o grupo identificou partículas microscópicas de poli(metacrilato de metila), tereftalato de polietileno (utilizado em roupas e recipientes para alimentos) e cloreto de polivinila (difundido na construção civil).

Microplásticos no coração humano

Embora o estudo tenha um pequeno número de participantes, os pesquisadores dizem ter fornecido evidências preliminares de que vários microplásticos podem se acumular e persistir no coração e em seus tecidos mais internos.

Os pesquisadores acrescentam que as descobertas mostram como os procedimentos médicos invasivos proporcionam exposição aos microplásticos, fornecendo acesso direto à corrente sanguínea e aos tecidos internos.

Em comunicado, a equipe afirma que mais estudos são necessários para entender completamente os efeitos dos microplásticos no sistema cardiovascular de uma pessoa e seu prognóstico após uma cirurgia cardíaca.

Por que microplásticos preocupam?

O que são microplásticos? Basicamente, temos duas categorias: os primários partículas projetadas para uso comercial (cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca) e secundários, que resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.

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Os microplásticos são uma grande preocupação da ciência por conta do impacto ambiental, e também porque podem fazer mal à saúde. Para se ter noção, microplásticos podem ser encontrados até na água acumulada em plantas.

Nos seres humanos, os estudos já apontaram que microplásticos invadem o cérebro 2 horas após a ingestão. Esses materiais nocivos também podem perturbar funcionamento de hormônios sexuais.

Fonte: Environmental Science & Technology, ACS