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MG confirma 1ª suspeita de transmissão comunitária da variante Mu no Brasil

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Setembro de 2021 às 18h52

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Fusion Medical Animation/Unsplash
Fusion Medical Animation/Unsplash

Nesta terça-feira (14), o estado de Minas Gerais anunciou suspeita de transmissão comunitária da variante Mu (B.1.621) do coronavírus SARS-CoV-2. Segundo o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, "provavelmente" há transmissão comunitária da cepa do vírus da covid-19 no estado. A confirmação deve ser feita quando investigações sobre a origem dos últimos casos forem concluídas. 

"Estamos fazendo contato com as pessoas contaminadas e a expectativa é que, provavelmente, tenha casos de transmissão comunitária em Minas, pela variante Mu. No entanto, a Mu é menos importante que a Delta [B.1.617.2]", comentou Baccheretti.

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Atualmente, o estado registra sete casos confirmados da variante Mu do coronavírus, sendo que os dois últimos registros foram feitos na cidade de Braúnas, na Região do Rio Doce. Outras duas cidades detectaram a cepa na mesma região: Virginópolis (3); e Guanhães (2).

Segundo os últimos dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Minas Gerais conseguiu rastrear 394 casos da variante Delta do coronavírus desde maio deste ano, quando o primeiro caso foi notificado no Maranhão. O número mineiro é 50,9% maior do que o registrado até o último sábado (11), quando havia 261 ocorrências.

Diferenças entre Mu, Lambda e Delta

Com a proliferação de variantes do coronavírus, é preciso distinguir os riscos de cada uma. No Brasil, as mais predominantes são a Delta — descoberta pela primeira vez na Índia — e a Gama (P.1) — identificada inicialmente em Manaus, no Amazonas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), ambas são variantes de preocupação (VOC) para a saúde global.

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Para a OMS considerar uma variante como VOC, ela precisa apresentar algum risco para a saúde pública global e se enquadrar em pelo menos uma das seguintes questões: aumento da transmissibilidade; aumento da virulência ou mudança na apresentação clínica da doença; e/ou diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública adotadas, como vacinas e terapias.

No caso da Delta, ela é responsável por novos surtos da covid-19 em todo o mundo, principalmente em populações não vacinadas, como nos Estados Unidos e no Brasil. Além disso, a cepa é considerada mais transmissível e pode reduzir o nível de proteção das vacinas disponíveis no mercado.

VOI: Lambda e Mu

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Agora, a Lambda (C.37)  — descoberta pela primeira vez no Peru — e a Mu —  notificada na Colômbia — são consideradas variantes de interesse (VOI). Elas são definidas, principalmente, pelos seus genomas, ou seja, carregam mutações já conhecidas ou suspeitas de "melhorarem" o coronavírus. Nesse sentido, uma variante será enquadrada na definição se forem relatados múltiplos casos dela em uma região ou em vários países, afinal, isso implica em uma maior transmissibilidade. 

Conhecida desde janeiro, a variante Mu carrega mutações-chave que foram vinculadas a transmissibilidade aumentada e proteção imunológica reduzida. Por isso, pessoas imunizadas podem ter uma menor proteção contra a variante. Atualmente, surtos da cepa foram registrados na América do Sul e na Europa.

Identificada desde dezembro do ano passado, a variante Lambda poderia ser uma potencial ameça para a saúde global por causa das mutações que carrega, no entanto, dados genômicos apontam para a perda de predominância para outras cepas do coronavírus. Nas últimas quatro semanas, notificações de infecções estão caindo globalmente, segundo o banco de dados Gisaid.

Fonte: G1, OMS e Folha de S. Paulo