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Mecanismo ativa morte celular e potencializa terapia CAR-T Cell

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Novembro de 2023 às 16h44

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Spectral/Envato
Spectral/Envato

Na busca por novos tratamentos contra o câncer, pesquisadores do do UC Davis Comprehensive Cancer Center, nos Estados Unidos, descobriram uma nova forma de provocar a morte das células tumorais. Isso é possível através de um epítopo do receptor CD95 — uma seção de proteína que ativa a proteína maior, o receptor. O conhecimento sobre como ativar essa função "escondida" ainda pode turbinar os efeitos da terapia CAR-T Cell.

Na ciência, os receptores CD95 recebem diferentes nomes como Fas ou ainda "receptores de morte". Neste último caso, o apelido tem como origem a capacidade dessa proteína contida na membrana celular, quando ativada, em liberar um sinal para a célula se autodestruir, segundo estudo publicado na revista Cell Death & Differentiation.

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"Esforços anteriores para atingir este receptor não obtiveram o sucesso desejado”, afirma Jogender Tushir-Singh, imunologista e autor sênior do estudo, em nota. “Agora, que identificamos este epítopo, podemos encontrar um caminho terapêutico para atingir o CD95 em tumores", acrescenta.

Dessa forma, o novo passo da pesquisa é desenvolver uma nova classe de anticorpos monoclonais para se conectarem ao CD95, induzindo a morte celular programada das células cancerígenas no corpo. Por enquanto, alguns novos anticorpos parecem promissores, mas ainda não foram testados na prática (ensaios clínicos).

Melhorias na terapia CAR-T Cell

Em outro campo de possibilidades, os cientistas também sabem que a ativação e a sinalização do CD95 podem aumentar a eficácia das terapias CAR-T Cell — é uma espécie de remédio vivo contra o câncer feito com as células T de defesa editadas geneticamente para atacar a doença no organismo. Isso vale especialmente para os tumores heterogêneos, ou seja, aqueles que já se espalharam para diferentes tipos de células.

Hoje, as células T modificadas são eficazes no tratamento da na leucemia e em outros tipos de câncer do sangue, mas falharam em combater os tumores sólidos. Nesses casos, as células imunológicas não conseguem nem penetrar nos microambientes para agir. Então, os novos anticorpos poderiam auxiliar nessa infiltração, implodindo as regiões com tumores em casos de câncer de ovário, por exemplo.

Com isso, a CAR-T Cell poderia ser aplicada em novos tipos de cânceres, de forma combinada com os anticorpos que ativam o receptor CD95. É um novo futuro, bastante promissor, para o tratamento oncológico.

Fonte: Cell Death & Differentiation e UC Davis