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Máscara brasileira elimina tanto o vírus da covid quanto o da gripe

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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twenty20photos/envato
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Com o surgimento do vírus da covid-19, cientistas de todo o mundo intensificaram pesquisas em que se buscavam formas de inativar o agente infeccioso. Por exemplo, foram desenvolvidos tecidos, roupas e até sacos de lixo. Agora, pesquisadores descobriram que uma máscara brasileira, já conhecida por eliminar o coronavírus SARS-CoV-2, também pode inativar o vírus da gripe (influenza).

A máscara brasileira que protege contra os vírus respiratórios recebe o nome comercial de Phitta Mask e está disponível no mercado desde 2020. Este produto inovador foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) em parceria com a empresa Golden Technology.

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“Os resultados dos testes em laboratório nos deixam muito confortáveis. A máscara eliminou 100% dos vírus, tanto de influenza A como de influenza B. Isso é muito importante porque se trata de uma doença com alta mortalidade, principalmente entre gestantes, idosos e crianças”, afirma o virologista Edison Luiz Durigon, pesquisador da USP e coordenador das análises do produto, em comunicado.

Como funciona a máscara da USP?

Vale explicar que o tecido da máscara é impregnado por um composto químico, o Phtalox. Segundo os estudos desenvolvidos, esta substância é capaz de eliminar as partículas virais no momento em que elas entram em contato com a máscara, incluindo o vírus da covid-19 e o da gripe.

Nos últimos dois anos, o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP) realizou os testes que comprovaram sua eficácia (99%) contra a versão original do coronavírus. Mais tarde, testes comprovaram a capacidade de inativar as novas variantes, como a Ômicron (BA.1), Delta (B.1.671.2), Gama (P1) e Zeta (P2). Agora, também está comprovada a inativação contra o influenza.

Como são feitos os testes contra os vírus da covid e da gripe?

Na fase de testagem, os pesquisadores utilizam microplacas contendo as culturas de células, onde foram cultivados os diferentes tipos de vírus. Em seguida, pedaços do tecido são colocados em contato com os agentes infecciosos e se observa a capacidade ou não de inativação. Por fim, com um microscópio, é confirmada a reação.

“Assim como no caso do coronavírus, o Phtalox também se mantém ativo por até 12 horas, conferindo proteção contra o influenza durante todo esse período”, completa Durigon.

Fonte: Agência Fapesp