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Alimentos fermentados podem ter aumentado cérebro humano

Por| Editado por Luciana Zaramela | 27 de Novembro de 2023 às 15h46

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Alexandra Koch/Pixabay
Alexandra Koch/Pixabay

Em estudo publicado na revista Communications Biology, pesquisadores dos EUA descobriram que alimentos fermentados podem ter levado ao aumento do cérebro dos seres humanos ao longo dos séculos. Com o passar da evolução, o órgão simplesmente triplicou de tamanho, então os cientistas têm buscado entender os fatores por trás disso.

No trato gastrointestinal humano, especialmente no cólon, bactérias simbióticas decompõem a matéria alimentar orgânica em nutrientes, como ácidos graxos — um processo denominado fermentação interna. Isso fornece energia adicional a partir de fibras não digeridas e melhora a absorção de vitaminas e minerais.

Por outro lado, a fermentação externa ocorre quando a decomposição dos alimentos é provocada por bactérias no ambiente ou na superfície dos alimentos. Esse tipo de fermentação melhora a saúde intestinal, contribuindo para a microflora, além de melhorar a absorção de nutrientes e melhorar a imunidade.

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Segundo o estudo, o cólon sofreu uma redução significativa de 74% ao longo da evolução, indicando uma menor necessidade de decompor alimentos derivados de plantas. A mudança poderia ser potencialmente uma adaptação após a ingestão de alimentos fermentados externamente.

Como alimentos fermentados afetaram cérebro e intestino?

Antes de responder a essa pergunta, cabe explicar o que é fermentação: trata-se de um processo natural no qual microorganismos, como bactérias, leveduras e fungos, convertem compostos em outros, resultando, muitas vezes, em substâncias benéficas para o organismo.

Durante o processo de fermentação, algumas bactérias produzem compostos neuroativos (ácidos graxos de cadeia curta e aminas biogênicas). Isso pode trazer efeitos positivos para a saúde do cérebro, bem como para o sistema nervoso.

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No intestino, a fermentação promove uma microbiota mais saudável. Você já deve ter ouvido por aí que o intestino é nosso segundo cérebro, certo? Pois bem: a comunicação entre o órgão e o nosso cérebro é essencial para a saúde mental e, graças aos alimentos fermentados, esse eixo intestino-cérebro pode ter sido beneficiado.

Fermentação pela humanidade

O artigo traz a hipótese de que os primeiros hominídeos podem ter transportado e armazenado alimentos, iniciando involuntariamente a fermentação externa. A preservação de alimentos desde a antiguidade permitiu que nossos antepassados tivessem acesso a alimentos nutritivos até mesmo quando havia escassez de comida fresca.

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Apesar das evidências, vale notar que o impacto específico dos alimentos fermentados no desenvolvimento do cérebro humano pode ser difícil de determinar com precisão devido à complexidade de fatores envolvidos na evolução. A dieta humana ao longo do tempo evoluiu de maneira complexa, com várias práticas alimentares influenciando o desenvolvimento físico e cognitivo.

Fonte: Communications Biology