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FDA vota em favor do molnupiravir contra covid nos EUA

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Dezembro de 2021 às 14h40

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Twenty20photos/Envato Elements
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O comitê consultivo da Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos votou, de forma favorável, uma recomendação para que o governo norte-americano autorize o uso do remédio molnupiravir contra a covid-19. A medicação foi desenvolvido pela farmacêutica norte-americana MSD, também conhecida como Merck, e já foi aprovada no Reino Unido

A votação dos especialistas da FDA pela recomendação do molnupiravir contra a covid-19 foi acirrada, já que 13 votaram de forma favorável. Enquanto isso, outros 10 membros do comitê foram contrários a essa recomendação. No Brasil, a análise de liberação é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Como funciona o medicamento da MSD?

Até agora, pesquisadores observaram a capacidade do molnupiravir em reduzir, em cerca de 30%, o risco de hospitalização e morte em decorrência da covid-19. A indicação de uso da FDA é para pacientes que tenham algum risco prévio para desenvolver formas graves da covid, como aqueles que têm mais de 60 anos ou pessoas com doenças cardíacas.

“A eficácia deste produto não é muito boa”, explicou David Hardy, médico infectologista de Los Angeles, para o jornal The New York Times. Independente dessa análise, Hardy escolheu votar pela recomendação do medicamento, justificando que “há necessidade de algo [um remédio] assim”.

Também existem preocupações de que a fórmula possa causar algum efeito adverso reprodutivo. Nesses casos, outros estudos de segurança ainda são necessários, conforme apontam alguns pesquisadores. Para Sankar Swaminathan, da Universidade de Utah, é necessário investigar melhor os "potenciais defeitos congênitos" que, eventualmente, podem ser desencadeados.

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Molnupiravir e outros remédios contra covid

Além do molnupiravir, a FDA deve votar, nas próximas semanas, a recomendação de um medicamento semelhante, mas desenvolvido pela farmacêutica Pfizer. É o Paxlovid, que consiste na combinação dos dois medicamentos: o antiviral experimental PF-07321332 e o antiviral ritonavir.

Em ambos os casos, os especialistas avaliam comprimidos que serão prescritos para o tratamento domiciliar, ou seja, sem a necessidade de internações hospitalares, administrados por via oral. Dessa forma, a possibilidade de beneficiarem um maior grupo de pessoas no controle da covid-19 é aumentada. Inclusive, poderão ser uma alternativa aos anticorpos monoclonais, considerados mais caros.

Fonte: NYT