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Falta de caixões sugere alto número de mortes por covid-19 na China

Por| Editado por Luciana Zaramela | 27 de Janeiro de 2023 às 15h00

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Racim Amr/Unsplash
Racim Amr/Unsplash

A China é conhecida por sua política "covid zero", ou seja, um regime de tolerância zero à doença que tanto preocupa a população mundial, o que se desdobra através de lockdown e outras medidas mais rígidas. Mas em dezembro, as restrições foram suspensas. Em paralelo, evidências de um alto número de mortes têm se destacado nas regiões rurais do país: a demanda de caixões.

Os fabricantes de caixões da região de Xinzhou, no norte da província de Shanxi, relataram à BBC News que não tiveram tempo de parar nos últimos meses, e que às vezes os caixões até mesmo se esgotam. Segundo essas fontes, quem trabalha na indústria funerária tem “ganhado uma pequena fortuna”.

O epidemiologista Wu Zunyouerca revela que 80% da população já foi infectada desde a suspensão das restrições em dezembro, segundo o importante. No que diz respeito às mortes por covid-19, no fim de semana passado, a China registrou 13 mil. Ao todo, desde dezembro, foram 60 mil mortes.

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No entanto, não há uma estimativa oficial do número de mortes nas aldeias. Outro fator que indica uma possível alta é a ocupação dos crematórios. A própria população local fez relatos à BBC a respeito de um notável aumento de mortes, e todos atribuíram isso à covid-19.

Outro ponto é que essas aldeias são lugares onde vivem principalmente pessoas mais velhas, conhecidas por serem mais vulneráveis ​​à doença em questão. Segundo um médico chamado Dong Yongming, que opera uma clínica de um vilarejo, pelo menos 80% dos residentes podem ter contraído a covid.

Vários outros veículos já levantaram uma questão: mortes pela covid-19 estão subnotificadas na China? Para o jornal The New York Times, o epidemiologista da Universidade de Hong Kong, Ben Cowling, afirmou que o número real de mortes em decorrência da covid-19 é quase certamente maior que aquele oficialmente divulgado no país. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) criticou a falta de detalhamento da situação epidemiológica chinesa.

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Fonte: BBC News