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Exercícios ajudam o cérebro a "pegar no tranco" após noite mal dormida

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Ivan Oboleninov/Pexels
Ivan Oboleninov/Pexels

Praticar exercícios por cerca de 20 minutos pode ajudar a impulsionar o cérebro após uma noite de sono insuficiente. É o que afirma um estudo conduzido pela University of Portsmouth e publicado na revista científica Physiology & Behavior. Segundo o relatório, a prática pode equilibrar a queda na função cognitiva causada por uma noite agitada.

Na ocasião, foram realizados dois experimentos com 12 participantes. Um testou o desempenho cognitivo após três noites de privação parcial de sono e o outro após uma noite de privação total de sono, em estado de hipóxia (pouco oxigênio corporal).

Conforme afirma a equipe, 20 minutos em uma bicicleta ergométrica melhoraram a função cerebral em todas as condições. A teoria dos autores é que o exercício melhora ou mantém o nosso desempenho cognitivo, mesmo quando os níveis de oxigênio são reduzidos.

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Eles afirmam que a ligação entre exercício e estímulos cerebrais já está bem estabelecida, mas que o estudo fornece algumas evidências adicionais úteis. Acreditava-se que uma das razões pelas quais o exercício e a capacidade cerebral teriam uma ligação seria porque a atividade garante ao cérebro oxigênio extra, mas o estudo revelou melhorias cognitivas em ambientes com baixo teor de oxigênio.

A descoberta sugere, então, que outros fatores poderiam estar envolvidos, como hormônios reguladores do cérebro. De qualquer forma, a equipe reconhece que mais estudos para uma análise mais detalhada.

Privação do sono

Os especialistas envolvidos relembram que a privação do sono costuma ocorrer em combinação com outros fatores de estresse, mas consideram como "encorajadora" a rapidez com que é possível se recompor e reverter estes efeitos negativos.

Apesar disso, é claro que os pesquisadores ressaltam que é claramente preferível dormir o suficiente todas as noites em vez de tentar recuperar o tempo mal dormido.

Estudos anteriores já destacaram mudanças no cérebro de quem fica 24 horas sem dormir, desencadeando um processo de envelhecimento causado pelo estado de vigília constante. Os pesquisadores também chegaram a afirmar que café e cochilos não suprem a noite mal dormida.

Fonte: Physiology & Behavior, University of Portsmouth