Publicidade

Exame de sangue com IA prevê Parkinson anos antes

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

Compartilhe:
Polina Tankilevitch/Pexels
Polina Tankilevitch/Pexels

A University College London e o University Medical Center Goettingen se uniram para lançar um exame de sangue que, por meio da ajuda de inteligência artificial, pode detectar o Parkinson anos antes do início dos sintomas. Os detalhes foram descritos na terça-feira (18) na Nature Communications.

O estudo começou com a coleta de amostras de sangue de pessoas  com Parkinson ou sem, para fins de comparação. A partir disso, o grupo conseguiu encontrar oito proteínas que podem ajudar a prever se a pessoa vai ter a doença ou não.

A equipe então começou a fazer testes com 72 pacientes com risco de distúrbios cerebrais (principalmente o Parkinson) para detectar esses oito marcadores de proteínas. Para que o estudo funcionasse, todos foram acompanhados ao longo de dez anos.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Com a ajuda da IA, o grupo conseguiu prever com exatidão que 16 pessoas desenvolveriam Parkinson. A ferramenta inclusive se mostrou potente no que diz respeito a detecção precoce, já que a previsão foi eficaz mesmo sete anos antes do início dos sintomas.

E já que estamos falando de eficácia, o teste conseguiu prever que 79% desenvolveriam a doença. No entanto, os outros participantes do estudo seguem sob acompanhamento. 

Exame de sangue prevê Parkinson

O próximo passo da pesquisa é prever Parkinson através de um teste ainda mais simples e rápido, que exigiria apenas uma gota de sangue — como aqueles testes de diabetes, em que se fura o dedo.

Mas o teste também não se limita à detecção, e pode também atuar esclarecendo a diferença entre o Parkinson e outras condições semelhantes.

A expectativa é que esses testes sejam usados ​​para monitorar a eficácia da terapêutica experimental, conforme afirmam os próprios pesquisadores.

"Parkinson emergiu como a doença neurodegenerativa de crescimento mais rápido no mundo e atualmente afeta cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo. Consequentemente, há uma necessidade urgente de estratégias modificadoras e de prevenção da doença", justifica o estudo.

Continua após a publicidade

"O desenvolvimento de tais estratégias é dificultado por duas limitações: existem grandes lacunas na nossa compreensão dos primeiros eventos na fisiopatologia molecular de Parkinson, e faltam biomarcadores e testes fiáveis ​​e objetivos em biofluidos facilmente acessíveis", completam os pesquisadores.

IA na detecção do Parkinson

Felizmente, temos a IA como uma verdadeira aliada na detecção do Parkinson, como vemos ao longo dos anos. Um estudo da ACS Central Science já mostrou a ferramenta como uma forma de identificar a doença anos antes dos sintomas, enquanto a Cardiff University busca desenvolver um relógio que usa IA para auxiliar no diagnóstico precoce de Parkinson.

Fonte: Nature Communications